26/Sep/2024
Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, o gás no curto prazo terá papel mais relevante que a eletrificação no transporte de carga. Contudo, ainda é preciso discutir o custo do combustível. Para reduzir o preço do gás, é preciso que a Petrobras reduza a sua participação em importância, pois a estatal produz 80% da molécula no País, e usa paridade internacional. O ministro considera o custo de gás impeditivo para várias indústrias no Brasil. Ressalta-se que o País é um dos maiores consumidores de fertilizantes do mundo. Mas, é uma indústria de fertilizantes intensiva em gás, por isso sai mais barato importar. Para a Eneva, o Brasil vivia o dilema do “ovo e da galinha”, com indústria resistente a produzir veículos a gás enquanto o combustível não se desenvolve, e os produtores de gás reticentes devido à falta de demanda.
Esta realidade está se transformando com a integração dos diferentes elos da cadeia. A segurança de suprimento é inequívoca e inexorável. A Eneva tem produção em Santo Antônio dos Lopes, no Maranhão, com capacidade adicional. A empresa lançou uma iniciativa com a Scania para lançar um corredor a partir do polo onde a molécula é feita, e que pretende escalar a capacidade. Uma vez que a infraestrutura esteja desenvolvida, estabelecida, vai ser uma excelente porta de entrada para o biogás, ou biometano, que é a segunda etapa do processo.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, garantiu que o Brasil terá gás, e que a Petrobras está fazendo de tudo para aumentar a produção do insumo no País, uma das prioridades do atual governo para tentar reduzir o preço do gás natural no Brasil. A estatal está buscando gás no pré-sal e no pós-sal, e que pode garantir que “vai ter gás". De acordo com a executiva, ao chegar à presidência da Petrobras, em maio deste ano, encontrou grandes plataformas que não podem exportar gás para a costa, o que vai ser corrigido nas novas plataformas que estão sendo construídas e nas futuras encomendas. Segundo a Petrobras, quatro plataformas para o campo de Búzios (7, 9, 10 e 11) e duas de Mero (3 e 4) estão sendo avaliadas para uma possível modificação do projeto. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.