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26/Sep/2024

Energia Elétrica: estiagem e demanda elevam preço

A redução do estoque de água no reservatório das hidrelétricas, associada as incertezas sobre o comportamento do clima no próximo período úmido e sua influência nas vazões das principais bacias hidrográficas e no consumo de energia, impulsionaram os preços da energia. Nos últimos dias, o contrato para entrega em outubro chegou a bater os R$ 579,00 por megawatt-hora (MWh), com uma alta da ordem de 40% em relação à semana passada, enquanto a energia para novembro foi negociada perto de R$ 500,00 por MWh e os preços para dezembro ficam pouco abaixo dos R$ 400,00 por MWh.

O salto recente veio da surpresa do mercado com uma atualização feita pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) na projeção de carga para o próximo mês, às vésperas da reunião do Programa Mensal de Operação (PMO) para outubro. A carga estimada para outubro no Sistema Interligado Nacional (SIN) foi elevada em cerca de 2,6 gigawatts médios (GWmed), em relação aos 79,8 GWmed anteriormente previstos, valor considerado altos para um ajuste mensal.

Além da carga, a principal preocupação do mercado de energia no momento é com o volume de chuvas nos próximos dias, na expectativa de que um bom índice pluviométrico, "no lugar certo", possa reverter a queda dos volumes armazenados nos reservatórios das usinas. As medidas preventivas que têm sido discutidas e adotadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) para garantir o suprimento de energia neste ano, especialmente durante o período de hidrologia desfavorável, não devem gerar impactos significativos nos preços da energia.

A visão é que as medidas são mais voltadas para o atendimento ao pico de carga, especialmente no fim do dia, quando a geração solar cai drasticamente e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisa determinar o despacho de outras fontes para garantir o suprimento energético demandado pelo sistema. Segundo a Armor Energia, há algum impacto, mas é paliativo. A realização (ou não) de chuvas é muito soberana na formação de preços, especialmente neste período. A Stima Energia também avalia que, de maneira geral, as medidas em análise ou implantação não necessariamente teriam algum efeito muito prático nos preços. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.