24/Sep/2024
O Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta segunda-feira (23/09), apontou comportamentos distintos das exportações de milho e dos preços dos fretes em agosto. Enquanto os embarques do cereal atingiram 6,06 milhões de toneladas, 70% acima das 3,55 milhões registradas em julho, impulsionadas por Mato Grosso, principal produtor, os preços praticados no mercado de frete nas rotas que têm origem no Estado recuaram. É importante destacar que a safra de milho colhida em Mato Grosso é de grande magnitude e há indícios de que o mercado possa virar com o avanço da entressafra, acarretando alta nos preços do cereal e desencadeamento de negócios, o que, consequentemente, tende a aquecer a movimentação de cargas. Porém, isso ainda não ocorre em âmbito estadual. Em Goiás, o frete também se desvalorizou.
Mesmo com o fim da 2ª safra de milho de 2024, os produtores optam por segurar seus estoques na expectativa de cotações mais altas. Foi verificada redução também na Bahia, com o fluxo logístico com o transporte de grãos e fertilizantes em agosto apresentando queda. Em São Paulo, o quadro é de estabilidade no mercado de fretes. Apenas em Ourinhos e de Sertãozinho foi registrada leve alta de 1%. Esse leve aumento foi atribuído à alta na demanda pelo serviço, puxada pelo transporte de açúcar. O preço do transporte subiu em Imbituba (SC) e Santos (SP), com incrementos de 5% e 1% respectivamente. As rotas para Araguari e Uberaba, em Minas Gerais, e Paranaguá (PR) apresentaram recuos de 6%, 9% e 4%, respectivamente. As variações negativas verificadas nas rotas citadas foram motivadas, sobretudo, pela menor disponibilidade de frete principalmente de soja, enquanto as variações positivas foram justificadas pela maior procura por fretes, principalmente de fertilizantes.
Em Mato Grosso do Sul, com a colheita do milho 2ª safra de 2024 praticamente encerrada e mais de 80% da soja 2023/2024 comercializada, os fretes direcionados ao mercado interno são os mais procurados, já que as movimentações de mercadoria com destino a exportação ainda são tímidas. No Maranhão, houve aumento dos preços de fretes rodoviários, devido à menor oferta de caminhões. No Paraná, a demanda por fretes foi positiva. A exceção fica em Toledo que teve participação negativa. Em Minas Gerais, o preço médio dos fretes aumentou por causa das cotações mais altas dos combustíveis. No Piauí, os preços do serviço de transporte de grãos subiram, em média, 9% em agosto em comparação com o mês anterior, puxados pela soja para exportação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.