12/Sep/2024

A Petrobras trabalha para ter três de suas quatro plantas de fertilizantes de ureia em produção até 2025. A Ansa, no Paraná, deve estar em operação até maio do ano que vem. As plantas arrendadas à Unigel, na Bahia e em Sergipe, dependem de negociações entre as partes, mas haveria possibilidade de resolução em 2025. A expectativa é ter concluída a UFN3, em Três Lagoas (MS), entre 2027 e 2028. Essa unidade tem 85% de completação mecânica e viabilidade ainda sob análise, uma vez que requer Capex superior às outras três fábricas, que estão prontas, mas paralisadas. As quatro unidades juntas podem dar conta de 35% do volume de ureia consumido no País hoje.

A planta mais próxima da partida é a de Araucária, no Paraná (Ansa). O retorno dessa planta já foi aprovado, existe um modelo de negócio que a torna sustentável. Estamos na fase de execução da obra. A unidade pode produzir 1,9 mil toneladas de ureia por dia com um período de rampa até atingir essa capacidade nominal. A avaliação da unidade já foi feita e a Petrobras está na fase de abrir torres e vasos. As unidades de Bahia e Sergipe, com capacidades para 1,3 mil toneladas por dia e 1,8 mil toneladas por dia, respectivamente, dependem de negociação entre estatal e Unigel, hoje travada porque a arrendatária pleiteia menores preços do gás empregado na produção.

A Petrobras, no entanto, resiste a reduzir o preço do gás sob o argumento que o insumo deve ser vendido a preço de mercado. E a estatal já tem um plano de negócio para reativar as plantas sem prejuízo, como alega ter hoje a Unigel. O contrato de arredamento vai até 2030. A UFN3, por fim, tem a maior capacidade, de 3,6 mil toneladas por dia, mas ainda não está terminada. O Capex da UFN3 não vai se limitar a 15% do projeto, porque há de se inspecionar o que já está lá. Por outro lado, por ter a maior capacidade nominal, pode ter uma otimização maior, um handicap melhor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.