06/Sep/2024
Um estudo divulgado nesta quinta-feira (05/09) pela Abrace Energia, associação que representa os grandes consumidores, aponta que em 2024 o custo das ineficiências bancados na tarifa elétrica será de R$ 100 bilhões. Nesse cálculo foram avaliadas, por exemplo, as perdas técnicas e não técnicas (ligação clandestina, desvio direto da rede), bem como a alocação de subsídios que, na avaliação da entidade, estão em níveis acima do que seria necessário.
Esse valor representa mais de 27% de todo o custo total do setor elétrico brasileiro, em R$ 366 bilhões, considerando as despesas inerentes com transmissão, distribuição, iluminação pública, dentre outros. A Abrace divulgou o número no estudo "Índice Brasil do Custo da Energia". São R$ 100 bilhões que não deveriam estar na tarifa de energia. O cálculo foi feito com base em todos os reajustes feitos até agosto, com projeção para os próximos meses.
Para fazer frente a esse cenário de custos ao consumidor, a entidade defende a revisão de desconto para irrigação e fontes incentivadas; veto às térmicas a carvão; bem como a transferência no prazo de 10 anos da CDE para o Orçamento da União. No balanço da Abrace Energia, com base em dados da Agência Internacional de Energia (IEA), o Brasil está na lista de países com energia mais cara, ao lado de Senegal, Chad, Cabo Verde, Quênia, Filipinas, Gana, Nicarágua e Nepal.
O País está no 12º lugar entre 49 países listados (com base em dados de 2023). O setor espera o projeto de "reestruturação" do setor elétrico, do Ministério de Minas e Energia (MME), com a participação de agentes privados. A elaboração do texto está na reta final. A expectativa de divulgação, segundo o ministro Alexandre Silveira, é para este mês. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.