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03/Sep/2024

Infraestrutura: Brasil vive um ciclo de investimentos

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que o setor vive o maior ciclo de investimentos público e privado dos últimos anos. O investimento privado está num recorde histórico e o público está em uma retomada muito importante. O Brasil vinha investindo pouco, mas agora voltou a investir mais. Somando esforços, mais os recursos públicos e com maior capacidade de atração dos investimentos privados, ajuda a melhorar a infraestrutura. Com a melhoria da infraestrutura, há também melhora no emprego e na competitividade do Brasil, posicionando o País estrategicamente como um grande exportador. De acordo com avaliação de gestores de fundos, os investimentos em infraestrutura vivem um “ano emblemático” com a tríade juros reais elevados, fluxo atípico vindo de fundos multimercado e restrições do Conselho Monetário Nacional (CMN) a ativos isentos.

Há uma oportunidade para entrada no segmento no atual cenário macroeconômico. Segundo a Jive Mauá, o investidor está mudando o mercado e tem feito uma onda grande nesse segmento. Muito do apetite veio em função das mudanças regulatórias do CMN, voltada a restrições em ativos isentos como letras financeiras e certificados de recebíveis imobiliário e do agronegócio (LCI, LCA, CRI e CRA). Os incentivos mudaram e abriram oportunidade para os investidores olharem para debêntures e fundos isentos. Para a AZ Quest, além das alterações feitas pelo CMN, a tríade que os investimentos em infraestrutura têm surfado fica completa com a taxa de juros real alta e o fluxo atípico vindo de fundos multimercado. No entanto, como os projetos de infraestrutura demoram alguns anos para serem desenvolvidos, a demanda maior que a oferta comprimiu spreads (prêmios).

A dúvida agora é se os spreads estão representando os riscos que os projetos deveriam pagar por eles. E, quando estabilizar, qual será o novo ponto de equilíbrio dos spreads? Na avaliação dos especialistas, agora é um bom momento para aproveitar oportunidades e posicionar carteiras. Os melhores momentos para investir foram os de crise, quando consegue travar uma taxa alta. Os juros não vão ficar assim para o resto da vida, então assumindo que vai ter uma melhora econômica, o retorno será além do que está marcado no papel. É meio contraintuitivo, mas é o melhor momento para se investir. Além disso, a XP Asset destaca que o Brasil é um país emergente, então ainda “falta tudo” em infraestrutura, e há uma regulação sólida que traz segurança. O Brasil investe 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em infraestrutura, mas deveria ser o dobro disso. Há uma agenda a ser desenrolada em diferentes setores, como saneamento, rodovias, energia e telecomunicações. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.