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02/Sep/2024

Energia Solar: BNDES financia projetos em SP e CE

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos a dois projetos de geração elétrica com fonte solar, da EDP, em São Paulo, e do grupo Powerchina, no Ceará, que somam R$ 1,14 bilhão. Juntos, os complexos adicionam 402 MW de potência instalada ao sistema elétrico nacional, com garantia física de geração de 116,5 MW médios, energia suficiente para abastecer cerca de 524 mil domicílios. Chamado de Novo Oriente, o projeto da EDP fica em Ilha Solteira. Nele, o crédito concedido, de R$ 805 milhões, será destinado a seis sociedades de propósito específico (SPEs) do grupo para implantação do complexo fotovoltaico, com potência instalada de 254,6 MW, e de um sistema de transmissão de uso restrito, compartilhado pelas centrais geradoras que formam o complexo.

Com garantia física de geração de 73,5 megawatts médios, o empreendimento produzirá energia suficiente para abastecer cerca de 331 mil domicílios. O projeto é composto de seis usinas de 40,6 MW e duas de 46 MW e se conectará ao Sistema Interligado Nacional (SIN) por meio de uma subestação coletora e uma linha de transmissão de 4,35 km. Na fase de implantação, está prevista a criação de 2.320 postos de trabalho. Outros 70 empregos diretos devem ser gerados após a entrada em operação das usinas. A usina fotovoltaica foi anunciada pela EDP em 2022, como parte da estratégia da empresa em liderar a transição energética. Segundo a EDP, Novo Oriente é um dos projetos que reforçam o investimento da empresa na expansão da energia solar no Brasil e, assim, consolida e amplia não só o portfólio em energia renovável, mas contribui para que cada vez mais empresas descarbonizarem seus negócios e tenham operações mais sustentáveis.

A outra operação destina financiamento de R$ 339 milhões a três empresas (Sunco Energy Brasil Mauriti 3, 4 e 10) controladas pelo grupo Powerchina para implantação de três centrais geradoras fotovoltaicas em Mauriti, no sul do Ceará. Com capacidade instalada de 147,33 MW e garantia física de geração de 42,97 MW médios, estima-se que o projeto solar tenha potência suficiente para abastecer mais de 193 mil domicílios. O crédito do BNDES corresponde a cerca de 47% do total a ser investido no empreendimento, que também contempla um sistema de transmissão com uma subestação coletora e uma linha de transmissão de cerca de 15 Km. As instalações do projeto integram o complexo, que terá 343,77 MW de potência instalada total. O Complexo Mauriti abrange outras seis usinas, não apoiadas pela operação, mas que também compartilharão do mesmo sistema de transmissão, possibilitando a conexão do complexo ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Durante a implantação do projeto, a estimativa é que sejam criados diretamente 501 postos de trabalho e indiretamente outros 474. Também está prevista a geração de empregos permanentes: após a conclusão, deverão ser contratados 12 funcionários. O empreendimento está alinhado ao Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), que busca estimular o desenvolvimento e aprimoramento de ações de mitigação de impacto climático. Uma das metas perseguidas pelo BNDES é manter elevada a participação da energia renovável na matriz elétrica nacional. O banco frisou ainda que o projeto ajuda a manter a cadeia de fornecedores de equipamentos para geração fotovoltaica já estabelecida no País, pois parte dos equipamentos é de fabricação nacional. Aí estão incluídos os rastreadores solares (trackers), equipamentos responsáveis por mudar a posição dos painéis fotovoltaicos ao longo do dia para seguir o caminho do sol, que estão credenciados no Finame.

O banco de fomento enfatizou ainda que, com os dois projetos, atinge a marca de R$ 11,8 bilhões em financiamentos a usinas fotovoltaicas, desde a primeira operação, em 2017. Foram 23 projetos, com quase 4,5 GW de potência instalada e garantia física para atender a mais de 5 milhões de residências. Somente no período de janeiro de 2023 a agosto de 2024, foram aprovados R$ 4,1 bilhões para nove projetos, que somam cerca de 1,5 GW de potência instalada e capacidade para abastecer 1,6 milhão de lares. Os investimentos reafirmam o papel do BNDES como maior financiador de energia renovável do mundo, segundo ranking da Bloomberg, e estão alinhados à estratégia do governo do presidente Lula de promover a transição energética no País. Hoje, o Brasil já é líder em energia limpa no G20. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.