05/Aug/2024
Segundo a Corteva Agriscience, multinacional que atua no setor de sementes, defensivos e biológicos, o setor está no caminho para uma estabilização saudável. Após dois anos difíceis para o setor de insumos, a empresa quis passar otimismo aos investidores e que o momento atual é parte do processo de recuperação. A companhia observa uma deflação dos preços, tanto na proteção de culturas, quanto nas sementes, o que pode ser um impulso significativo para 2025 e para o futuro. No entanto, o mercado tem sido um ambiente bastante competitivo no que diz respeito aos preços, mas a expectativa é de uma maior estabilização em 2025 e, eventualmente, ela se transformará em crescimento.
Para o segundo semestre, a expectativa da companhia é de uma recuperação da área plantada de milho no Brasil em comparação à safra 2023/2024, além de uma alta nos volumes que já estão 20% maiores do que no ano passado. A expectativa de normalização do mercado se deve, também, à baixa probabilidade de entrar em um terceiro ano de recuo, mas é preciso aprender com o que aconteceu para ter uma recuperação de forma sustentável. Os volumes serão puxados por um "mix geográfico", com protagonismo da América Latina e, sobretudo, do Brasil. A previsão é de um andamento melhor do mercado brasileiro, embora ainda seja cedo para afirmar. No caso da Argentina, a empresa espera uma queda na área de milho plantada, além de uma maior demora dos produtores argentinos em adquirir insumos.
A Corteva não está excessivamente preocupada com os próximos passos, devido, principalmente, a uma estrutura de canal mais saudável, com volumes entrando e saindo na mesma proporção. Em relação aos estoques, a empresa pontuou que a Europa e os Estados Unidos estão conseguindo reduzir com maior sucesso, mas que o Brasil está se aproximando de patamares normais. Os volumes no Brasil serão puxados por uma demanda por novos produtos e, em especial, do segmento de biológicos, que devem corresponder a 65% do crescimento de mercado da companhia no próximo ano. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.