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01/Aug/2024

Máquinas Agrícolas: vendas caem no mês de junho

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), as vendas da indústria de máquinas e implementos agrícolas, entre mercado interno e exportações, caíram 24,7% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado. No total, o setor registrou R$ 5,4 bilhões em receita total, sendo R$ 4,83 bilhões, queda de 24,8% no comparativo interanual, decorrentes de vendas no Brasil. No primeiro semestre, as vendas domésticas e exportações de máquinas agrícolas recuaram 30,5%, somando R$ 26,5 bilhões de janeiro a junho. Apesar dos resultados, em geral, negativos, o setor ensaiou uma reação na margem, ou seja, de maio para junho, período no qual as vendas subiram 12,3%.

Com a chegada dos financiamentos do Plano Safra 2024/2025, a Abimaq espera que a indústria de máquinas, como um todo, continue reagindo e termine o ano com resultados melhores do que os apresentados até o momento. Quando se incluem as entregas aos demais setores, como a indústria de bens de capital e a construção civil, as vendas do setor fecharam o primeiro semestre com queda de 16,4%. A expectativa é que a queda seja atenuada para 7% no balanço final de 2024. Junho mostrou melhora tanto na carteira de pedidos quanto no nível de utilização da capacidade instalada e emprego nas fábricas de máquinas e equipamentos.

Os clientes do agronegócio são os que mais diminuíram as compras neste ano, mas a queda nas entregas de máquinas agrícolas, que estava em 36% no primeiro trimestre, caiu para 30,5% no acumulado até junho. A Abimaq espera que o número chegue ao final do ano mostrando variação negativa de 25%. Ainda que com taxas de juros relativamente altas para as necessidades, o Plano Safra deve ajudar a liberar investimentos que estavam represados. O segundo e terceiro trimestre são normalmente o melhor período do ano para a indústria de máquinas. Os resultados apurados nos últimos dois meses não mostraram impactos significativos das enchentes no Rio Grande do Sul.

Apesar do avanço das importações, a Abimaq não está levando ao governo pleitos por medidas tarifárias ou de defesa comercial. O foco segue na agenda de competitividade da indústria, que passa pela regulamentação da reforma tributária e taxas de juros mais baixas. O setor cobra ainda a regulamentação rápida do programa de depreciação acelerada, que visa estimular as compras de máquinas e equipamentos ao permitir que as empresas possam abater dos impostos em apenas dois anos, ao invés de até 20 anos, os investimentos feitos em bens de capital. A demora do governo em colocar o programa em operação contribui para que investimentos em máquinas sejam adiados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.