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26/Jul/2024

Rodovias: diversificação na transição energética

As adaptações da infraestrutura rodoviária para atender as demandas pela transição energética deverão equilibrar a urgência global para redução de emissões e as incertezas sobre quais são as alternativas mais adequadas para o futuro dos veículos brasileiros. Com isso, gestores defendem que as adequações sejam baseadas em diversificação de estruturas capazes de atender diferentes cenários. As concessionárias de rodovias têm estudos em curso para implantar alternativas como os corredores de eletropostos (pontos de carregamento para veículos elétricos). Contudo, avalia-se que as perspectivas possam ser alteradas repentinamente com o surgimento e popularização de outras tecnologias. Já há, no setor automotivo, protótipos ou mesmo opções de motores que superam os elétricos, passando por hidrogênio e gás. É importante que não ficar limitado a uma opção.

É preciso ter condições adequadas para os veículos pararem e abastecerem, seja com gás, eletricidade ou hidrogênio, afirma a Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário. Por isso, o Executivo tem editado políticas com níveis de flexibilidade, prezando pela rápida adaptação a novos cenários. Os gestores e especialistas destacam, de forma unânime, a importância de que o processo de adoção de novas tecnologias observe as características específicas do Brasil para definição de um caminho próprio. É preciso ver o que é do País e o que é importado do debate global. A preocupação é de que, diante de pressões internacionais para a eletrificação de veículos, por exemplo, o País possa deixar em segundo plano outras potencialidades, como a produção de biocombustíveis. É preciso apostar um pouco em todas as opções ao mesmo tempo. A necessidade de diversificação está em linha com a avaliação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Olhando para o futuro, é provável que haverá uma ampla gama de soluções para diferentes necessidades. Para deslocamentos em centros urbanos, há tendência de maior benefício para os veículos do tipo plug-in, aqueles que são carregados em eletropostos. Especialmente pela possibilidade de abastecimento através da geração descentralizada residencial de eletricidade. A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (Abve) estima que o País tenha cerca de 5 mil pontos de carregamento, número que deve dobrar até o fim de 2025. Contudo, a ampla maioria está concentrada em regiões urbanas dos Estados das Regiões Sul e Sudeste, sendo que São Paulo agrupa mais de 35% do total. Por conta de fatores como esse, para deslocamentos em maiores distâncias, a tendência é de manutenção das vantagens do uso de veículos híbridos e à combustão utilizando biocombustíveis, especialmente no Brasil, dado o potencial produtivo, assim como pela infraestrutura e tecnologia já estabelecidas para opções como o biodiesel. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.