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09/Jul/2024

Fertilizantes: Ansa retomará a produção em 2025

A Petrobras recontratou, na sexta-feira (05/07), 214 antigos funcionários da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), também chamada de Fafen-PR, uma subsidiária da Petrobras no Paraná. Segundo a estatal, os empregados já reiniciaram suas atividades de trabalho, mas a previsão é de que a fábrica só volte a operar no segundo semestre do ano que vem. Os profissionais assinaram os contratos após um acordo proposto pelo Ministério Público do Trabalho e homologado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), no mês passado, no contexto do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da estatal. Está iniciando de fato a reativação dessa unidade, com trabalhadores que atuavam anteriormente e têm capacitação e conhecimentos necessários para a retomada e operação da planta.

Foram cumpridos todos os trâmites e procedimentos de governança da companhia na decisão de retomada da Ansa. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (Fup), que pressionou a Petrobras nos últimos anos para que essas recontratações ocorressem, além da importância da retomada dos empregos, o objetivo é, também, reduzir a dependência de importações e retomar a presença da Petrobras na produção nacional de fertilizantes. O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo e importa 85% do que utiliza. Na primeira etapa, os funcionários vão trabalhar na recuperação, reforma e manutenção da unidade, para que a unidade possa voltar a funcionar. Com o fechamento da Ansa durante o governo anterior, cerca de mil empregados perderam seus postos de trabalho, sendo 400 empregados diretos e 600 indiretos.

Durante a parada de manutenção, cerca de 2 mil trabalhadores serão contratados. Após a parada, devem ficar 800 pessoas contratadas. Ou seja, mais de 200 funcionários próprios do Sistema Petrobras e mais 800 prestadores de serviço. A Fafen-PR operava desde 1982 e entrou no plano de desinvestimento da Petrobras em 2019. A unidade era responsável pela produção de 30% do mercado brasileiro de ureia e amônia e de 65% do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32), aditivo para veículos de grande porte que atua na redução de emissões atmosféricas. A "hibernação" da Fafen-PR fez com que o País deixasse de produzir por dia 2 mil toneladas de ureia e 1.300 toneladas de amônia, utilizados na fabricação de fertilizantes. Além da indiscutível importância para a economia, com geração de emprego e renda da região, a reabertura da Fafen-PR tem relação com a segurança alimentar da população. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.