08/Jul/2024

Segundo o Itaú BBA, os preços dos fertilizantes fosfatados continuam sua trajetória de alta, tendo alcançado em junho os maiores patamares do ano. Por sua vez, o preço da ureia (fonte de nitrogênio) no porto se apreciou em junho, enquanto a demanda por potássicos segue fraca, resultando em preços estáveis para o nutriente. Os motivos para as altas do MAP têm relação com fundamentos em questões externas, além do atraso das importações brasileiras.

As restrições chinesas para exportação ainda são um fator de impulso para o mercado internacional, diante da menor oferta do produto. No Brasil, as importações de MAP do início do ano até maio ficaram 30% abaixo do mesmo período do ano passado. Conjuntamente com a proximidade da safra de verão (1ª safra 2024/2025), que começa nos próximos meses, gerou um senso de urgência nos compradores brasileiros, levando ao aumento de preços no Brasil.

No caso dos nitrogenados, o principal fundamento da alta está na restrição de oferta do Egito, importante fornecedor global do nutriente e que tem sofrido com a escassez de gás natural, matéria-prima para a fabricação da ureia. Apesar do Egito não figurar entre as principais origens de ureia para o Brasil, desde a restrição à produção imposta pelo governo local, em 20 de maio, o preço da ureia CFR Brasil apresentou alta de 18%, saindo de US$ 305,00 por tonelada para US$ 360,00 por tonelada no dia 28 de junho.

A expectativa é de aumento de demanda nos próximos meses, por conta do já anunciado leilão de aquisições da Índia. Restrições para exportações da China também contribuem para o cenário altista. Por fim, os potássicos têm o comportamento mais estável entre os macronutrientes, com a estabilidade na oferta mundial garantindo o fluxo comercial do produto. No Brasil, bons volumes de importação garantem a disponibilidade para o produtor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.