05/Jul/2024

A Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) considerou satisfatório o volume de recursos direcionado para a agricultura familiar no Plano Safra 2024/2025, de R$ 76 bilhões, além de taxas de juros atrativas. No entanto, o montante para agricultura empresarial é considerado insuficiente, principalmente no que diz respeito ao Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). A entidade pedia para o Plano Safra recursos de R$ 568 bilhões ante o total de R$ 476,59 bilhões para agricultura familiar e empresarial anunciados ontem pelo governo. No âmbito do PCA, foi elogiado o aumento do limite de financiamento por empresa contratante de R$ 50 milhões em investimentos relativos à armazenagem para grãos e de R$ 200 milhões para cooperativas.

Em uma conta simples, daria para cada cooperativa beneficiária construir um armazém ou mais com até 200 mil toneladas, somando as capacidades. Em contrapartida, o valor de R$ 7,8 bilhões para o PCA, sendo R$ R$ 3,3 bilhões para a construção de armazéns com até 6 mil toneladas de capacidade e juros de 7% e R$ 4,5 bilhões para demais investimentos, com juros de 8,5% ao ano, não supre das demandas. Na prática não tem uma compensação específica, porque a demanda é grande. Mesmo com esse aumento ante 2023/2024, ele é insuficiente para atender à demanda da armazenagem.

A entidade estimou que o déficit de armazenagem seja de 8 milhões de toneladas no Paraná e de cerca de 100 milhões de toneladas no País. Atender essa demanda significaria investir R$ 8 bilhões no Estado e cerca de R$ 100 bilhões no Brasil. Mas, seria inviável solucionar todo o problema de uma vez, levando em conta também que a indústria não conseguiria suprir tudo junto. Em virtude da menor produção da safra 2023/2024 ante 2022/2023, a Ocepar não vê o déficit de armazenagem de grãos no País aumentando este ano. O Plano Safra pode suprir entre 6 e 7 milhões de toneladas da necessidade brasileira. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.