01/Jul/2024
Segundo a Mosaic Fertilizantes, o Brasil importou 22% menos fósforo para atender a safra 2024/2025 do que no mesmo período de 2023, para a safra 2023/2024. O atraso nas aquisições deve-se aos preços mais altos do insumo. No Brasil, as cotações do fósforo subiram US$ 50,00 por tonelada nas últimas quatro semanas. A alta pode ser atribuída à oferta restrita. Consultores propagavam expectativas de que a China ia ajudar e a China não veio. A China voltou a exportar fósforo em maio deste ano, mas em uma menor proporção do que o esperado pelo mercado. O Brasil é muito dependente de importação, por isso há temores de que a logística possa fazer com que os produtos cheguem atrasados. Não vai faltar, mas poderá haver atraso pela infraestrutura portuária do País.
Havia ainda a expectativa de que, com o retorno da oferta chinesa, os preços do fósforo caíssem para um patamar mais baixo, assim como aconteceu com o cloreto de potássio. A diferença de preços fez com que uma proporção maior de cloreto fosse adquirida ante o fósforo. O fósforo no Brasil tinha o preço mais baixo do mundo, agora está equiparado a outras geografias, um pouco abaixo de um país ou outro. No geral, as aquisições de fertilizantes para a safra estão em cerca de 70%, em linha com o mesmo período do ano passado, mas historicamente atrasadas. Ainda assim, as relações de troca continuam positivas, embora não na mesma linha que dois a três anos atrás. Isso indica que o agricultor vai plantar e adubar, apesar do desafio do fósforo.
Conflitos geopolíticos mundiais devem continuar sendo pontos de atenção e gerando ansiedade, devido a temores de gargalos logísticos. O mercado brasileiro total, NPK, incluindo fósforo na mesma proporção, repete 2023/2024 com uma tendência de upside de 3% a 4%. O momento de preços de grãos deve ser compensado pelo momento mais positivo que vivem outras culturas, como algodão, citros, café e cana-de-açúcar. A Mosaic não vê os produtores do Rio Grande do Sul deixando de honrar as transações de barter, visto que a maior parte da safra já estava colhida antes das inundações. Para a próxima temporada, a tendência é de maior reposição de nutrientes do solo, ainda que a situação financeira dos agricultores demande monitoramento. As operações da Mosaic no Estado, que ficam na cidade de Rio Grande, não foram afetadas pelas enchentes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.