26/Jun/2024
A expectativa da Leão Máquinas, concessionária da japonesa Yanmar em Goiás, é a de um Plano Safra maior do que em 2023/2024 em relação ao montante de recursos destinados ao crédito rural. O que mais preocupa é a questão da política fiscal e dos gastos públicos, pois isso influencia diretamente o mercado na disponibilidade do subsídio. Existe a preocupação se o montante estará dentro do esperado, principalmente em um momento de rentabilidade mais baixa e de custos mais altos. O Plano Safra vem em uma boa hora, mas houve um atraso até por causa da instabilidade do governo em relação à política com o agro, como, por exemplo, os acontecimentos recentes envolvendo o leilão do arroz da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que foi anulado pelo governo federal, e a exoneração de Neri Geller a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, justamente por suspeita de favorecimento no pregão da Conab.
Em relação às taxas de juros, a expectativa é a de que fiquem pelo menos 1% mais baixos para o Plano Safra empresarial, acompanhando a redução da Selic nos últimos meses, e mantidas para a agricultura familiar. Sobre recursos para equalização de juros, a projeção é de algo em torno de R$ 13 bilhões a R$ 21 bilhões, cifras, respectivamente, observadas no ano passado. Em contrapartida, as instituições financeiras privadas terão menor facilidade na oferta de crédito, em virtude do aumento de recuperações judiciais e inadimplência. Entre os pontos de atenção, está o olhar do atual governo para a agricultura familiar, com aumento de recursos proporcionalmente maior do que o que deve haver na agricultura empresarial, ainda que haja ruídos na forma como esse olhar é comunicado, e para o seguro rural, em virtude da tragédia no Rio Grande do Sul. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.