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25/Jun/2024

Fertilizantes: Petrobras não é competitiva no setor

Por seu gigantismo e visibilidade, a Petrobras é um exemplo emblemático do rumo que vem sendo dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva às estatais, enquanto ele tenta viabilizar em outras frentes a revogação das mudanças implementadas de 2016 a 2022 para conter a atuação do Estado empresário no País. “O presidente já falou um milhão de vezes que, tanto em relação à política de preços quanto em relação à política de investimentos da Petrobras, sendo uma empresa estratégica, ele vai atuar como o controlador”, disse recentemente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Por sua obsessão em ampliar a produção nacional de fertilizantes, mesmo que a iniciativa se mostre antieconômica, Lula também levou a Petrobras a retomar as atividades da Araucária Nitrogenados, que tinham sido paralisadas em 2020 porque a empresa só dava prejuízo. O presidente Lula também determinou a retomada das obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que já consumiu US$ 18,5 bilhões do caixa da Petrobras, e quer que a estatal ajude a alavancar a indústria naval brasileira. O Brasil não tem uma indústria naval competitiva. A China, a Coreia e o Japão têm uma tecnologia superior e produzem em larga escala para o mercado global, e não para um mercado só e para um cliente só.

Mesmo que o cliente seja grande, o custo da produção do País é superior, a qualidade não é tão boa, há atrasos na entrega e, no passado, isso já foi muito danoso para a Petrobras. Também por pressão de Lula, a Petrobras conseguiu reverter uma decisão de 2019 do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que determinava a venda de oito refinarias da empresa, das quais três (RLAM, Reman e Six) chegaram a ser repassadas para o setor privado no governo anterior, por considerar que um mesmo controlador, no caso a própria estatal, não poderia manter ativos considerados potencialmente concorrentes.

Agora, com a nova posição do Cade, a Petrobras poderá manter o controle das outras cinco refinarias que teria de vender. Além disso, a empresa cancelou a venda da refinaria Lubnor, em Fortaleza (CE), anunciada em 2022 e que estava em fase de conclusão, rescindindo o contrato firmado com o comprador, a Grepar Participações. Até a marca BR Distribuidora, licenciada para a Vibra Energia até 2029 com a privatização da companhia, há três anos, o governo Lula quer retomar, para um eventual retorno da Petrobras ao mercado de distribuição de combustíveis. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.