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25/Jun/2024

Armazenagem: cooperativas pedem mais recursos

As cooperativas do Paraná veem o aumento de recursos para financiar investimentos em armazenagem como prioridades para o setor no Plano Safra 2024/2025, que será lançado nesta quarta-feira (26/06). É preciso investir para ampliar a capacidade estática em 100 milhões de toneladas. Por isso, a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) pediu R$ 12 bilhões para o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), mas se o pleito não for atendido na totalidade, R$ 10 bilhões ajudariam a ampliar os armazéns para a safra. Na safra atual, 2023/2024, o governo ofereceu R$ 6,65 bilhões em recursos para o PCA, dos quais R$ 3,80 bilhões para armazéns sem limite de tamanho e R$ 2,85 bilhões para silos com capacidade de armazenagem de até 6 mil toneladas. Há o limite de contratação de até R$ 50 milhões por beneficiário (produtor ou cooperativa).

A Ocepar pede ao governo o aumento do limite para R$ 100 milhões por beneficiário para armazéns de grãos de até 6 mil toneladas e de R$ 200 milhões por beneficiário para armazéns acima de 6 mil toneladas com juros, respectivamente, de 6% (ante atuais 7%) e 7% ao ano (em comparação com atuais 8,5%). O limite atual de R$ 50 milhões por beneficiário permite a construção de silos de 50 mil toneladas, o que é muito pequeno e não atende a demanda do setor. Até 23 de junho, foram liberados R$ 4,253 bilhões no PCA da safra atual, o que representa 64% do total de recursos disponíveis. Nesta safra, não houve falta de recursos porque a safra de grãos 2023/2024 quebrou e a capacidade atual se ajustou à produção, mas é uma linha que ano a ano se esgota por falta de recursos. O incremento dos recursos do Plano Safra 2024/2025, para acima de R$ 500 bilhões para todos os portes de produtores, como sinaliza o governo, deve vir sobretudo do maior direcionamento de fontes obrigatórias para o crédito rural em detrimento da subvenção com recursos do Tesouro.

A entidade vê como positivo os indicativos de que a exigibilidade dos recursos captados por Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) suba dos atuais 50% para em torno de 60%, embora peça aumento para 70%, e considere positiva a manutenção do percentual de 30% de direcionamento do depósito à vista para o crédito rural. A organização calcula a necessidade de R$ 20 bilhões a R$ 21 bilhões para equalização das taxas de juros para a agricultura empresarial e familiar para que o montante total se aproxime de R$ 558 bilhões, conforme solicitado pelas cooperativas brasileiras. Não é o melhor momento para buscar recursos para subvenção em virtude da restrição orçamentária do Executivo, mas a expectativa é de uma redução de parte dos juros e que saia um Plano Safra de médio para bom. Na safra atual, R$ 13,6 bilhões foram destinados à subvenção de financiamentos de pequenos, médios e grandes produtores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.