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20/Jun/2024

Portos: situação e planos para os terminais de SC

Em Santa Catarina, o Porto de Imbituba tem estrutura para movimentar cargas gerais, graneis sólidos e líquidos, e contêineres. Entre os principais produtos do agro movimentados pelo terminal estão soja, milho, trigo, farelos de soja e milho, fertilizantes, cevada, malte e celulose. De janeiro a maio deste ano, o Porto de Imbituba movimentou 3,6 milhões de toneladas de carga no total, 13% a mais que nos cinco primeiros meses de 2023 e um recorde para o período. Em maio, foram 725 mil toneladas, 3,5% superior ao movimento do mesmo mês no ano passado e um crescimento de 6% em comparação com abril de 2024. No mês passado, soja em grão e farelo, trigo, farelo de milho estiveram entre os produtos com maiores volumes movimentados no terminal.

Outro destaque foi o início das operações com açúcar, segundo SCPar, que administra o local, com embarques de 50,8 mil toneladas. Os granéis sólidos, aliás, lideraram a movimentação nos cinco primeiros meses do ano. Foram 2,98 milhões de toneladas, 12,4% a mais que no intervalo de janeiro a maio de 2023 e a maior marca já registrada no local para o período. O Porto de São Francisco do Sul é o maior do Estado em movimentação de cargas. Em cargas gerais, é o sétimo maior porto público do Brasil. Em cargas agrícolas, responde pela exportação de 80% da soja de Santa Catarina. O porto integra o complexo da Baía da Babitonga, que inclui o terminal de Itapoá. Além de soja, tem entre suas principais cargas agrícolas o milho e os fertilizantes.

Nos primeiros cinco meses do ano, São Francisco do Sul movimentou 7,3 milhões de toneladas de carga, 16% a mais que no intervalo de janeiro a maio de 2023, entre importações e exportações. Só em maio, a movimentação foi de 1,4 milhão de toneladas, 13% a mais que no mesmo mês em 2023. Outros locais importantes de embarque e desembarque de mercadorias são os terminais de Itajaí, que é público, e Navegantes, operado pela Portonave, de cargas por contêiner. Os dois estão localizados no Complexo Portuário do Itajaí-Açú. Na segunda-feira (17/06), a Superintendência do Porto de Itajaí anunciou a assinatura de um acordo de arrendamento temporário de um local para cargas gerais, com a Prefeitura e Itajaí, a SC Portos e trabalhadores portuários avulsos. Inclui a instalação de uma estrutura transitória, que possibilitará a operação de mercadorias como açúcar, celulose e fertilizantes.

A expectativa é ter o local montado em um prazo de seis meses. No Porto de Navegantes, a Portonave iniciou em janeiro as obras de ampliação do cais, com investimentos calculados em R$ 1 bilhão. O trabalho será feito em duas fases e a expectativa de conclusão é de dois anos. A intenção é aumentar a capacidade e a eficiência na movimentação dos contêineres, permitindo a atracação de navios com até 400 metros de comprimento. No ano passado, enchentes em Santa Catarina chegaram a causar paralisação de operações nos dois terminais, por dificuldades de acesso ao canal de atracação. Chegar a toda essa estrutura de forma eficiente e menos custosa é o principal gargalo da logística de Santa Catarina, de acordo com representantes de segmentos do agronegócio local.

O Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sindicarne) destaca que a cadeia produtiva de aves e suínos ainda é bastante dependente de rodovias, que precisam de melhorias. É preciso fazer a duplicação de rodovias que ligam a região oeste ao litoral. A região oeste concentra boa parte do PIB Agropecuário do Estado. Há também necessidade de se investir em ferrovias que liguem as áreas de produção aos portos. Tanto no modal ferroviário, quanto no rodoviário, há projetos em discussão com os governos estadual e federal e participação da iniciativa privada. Santa Catarina é o maior produtor e exportador de carne suína do Brasil e segundo maior em produção e embarques de carne de frango. De acordo com o Sindicarne, as cadeias produtivas dessas carnes respondem por 31% do PIB e por 70% dos volumes de mercadorias que saem do Estado para outros países. Em 2023, as exportações de aves e suínos do Estado faturaram US$ 4,3 bilhões. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.