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14/Jun/2024

Logística e a eficiência nas operações das frotas

Cerca de 75% da produção nacional é distribuída pelo modal rodoviário, o que exige conhecimento e tecnologia avançada para uma gestão de frota cada vez mais eficiente. Nesse contexto, as empresas do setor enfrentam diversos obstáculos. A Zorzin Logística destacou o impacto significativo da tecnologia embarcada nos caminhões modernos para a redução de custos operacionais. Entre as inovações mais importantes está a telemetria, que permite o monitoramento em tempo real da condução dos motoristas. Com essa tecnologia, é possível aplicar treinamentos de direção econômica, identificar se o motorista está dirigindo corretamente, usando excessivamente o câmbio, ou freando de forma brusca. Isso dá uma série de dados diários que são cruciais para a eficiência operacional. Esses dados possibilitam um diálogo de segurança mais eficaz, em que os motoristas recebem feedback sobre como melhorar sua condução para reduzir o consumo de diesel e o desgaste dos pneus, que são os maiores custos da operação.

A Veloe, enfatizou a importância das plataformas de gestão de combustível. Quando se usa uma plataforma de gestão de combustível de forma eficaz, é possível gerar economia de até 20% nas faturas mensais. Há clientes que, com faturas de combustível na ordem de R$ 5 milhões, conseguem economizar até R$ 1 milhão por mês. As plataformas permitem parametrizar a condução dos motoristas, definindo rotas, locais e horários de abastecimento, o que maximiza a eficiência e minimiza os custos. A tag de pedágio é apenas um dos muitos aspectos importantes para a economia na gestão. A DHL abordou a transformação da logística com a ascensão do e-commerce. Nos anos 80 e 90, era feita uma logística tradicional, do fabricante, do atacadista, do varejista. Hoje, com o e-commerce, as entregas vão para o comprador direto e se multiplicaram, passando de dezenas para milhares.

Para lidar com esse aumento exponencial do volume, a DHL utiliza torres de controle que monitoram os veículos em tempo real, permitindo a otimização diária das rotas. A empresa busca sempre o maior número de paradas para reduzir a quantidade de veículos nas ruas, o que contribui para a mobilidade urbana e para a sustentabilidade. Atualmente, a DHL no Brasil tem 10% de sua frota composta por veículos elétricos, e planos de aumentar essa percentagem para 40% até 2025. Apesar de ser o dobro de custo inicial para ter um veículo elétrico, a manutenção é 40% mais barata quando comparada ao veículo flex e 60% na comparação ao diesel. A Motz, por sua vez, destacou a jornada da digitalização no setor de logística, especialmente entre os motoristas autônomos. A empresa está há quatro anos no mercado e sabe que esse processo de educar os motoristas a utilizarem meios digitais pode ser uma jornada de quase uma década, embora se perceba uma evolução ano a ano.

Um grande desafio é a diversidade geracional entre os profissionais. Os motoristas mais velhos precisam se adaptar a novas tecnologias, já os mais jovens chegam com mais familiaridade. Hoje, um motorista precisa estar uniformizado, usar aplicativos de gestão e seguir procedimentos de segurança rigorosos, o que não era necessário antigamente. Um dos maiores desafios do setor é atrair e reter profissionais qualificados. Antes era um sonho ser motorista de caminhão, hoje não é mais. Há o desafio de fomentar o setor para a nova geração. Para tornar a profissão mais atrativa, a Metz oferece benefícios como acesso a diesel e pneus mais baratos, e plano de saúde. Além de tornar a plataforma amigável e eficiente, garantindo que sempre haja frete disponível, evitando ociosidade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.