10/Jun/2024
A Infra S.A. avalia que, diferente do que prevê o estudo de concessão do Rio Madeira, apresentado há duas semanas, os demais projetos de hidrovias não devem demandar aporte financeiro do governo federal, desde que contem com características favoráveis à navegação. Quando esses rios são navegáveis e têm demanda, o governo não vai precisar dar aporte. Em alguns outros talvez, onde não tem um volume muito grande de embarcações. Um dos projetos mais antecipados para concessão de hidrovia era o da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul. A laguna tem 265 quilômetros de comprimento e 60 quilômetros de largura, sendo visada pela navegação comercial. Era o primeiro projeto a ser entregue.
Mas, será preciso começar a pensar novamente e rever todo o estudo. A demanda de reavaliação surgiu após as enchentes que atingiram o Estado. A Lagoa dos Patos transbordou e atingiu diversas regiões residenciais. Agora, o estudo mais acelerado é o da concessão do Rio Paraguai (MT). Por ele estão levando minério de barcaça. Empresários estão satisfeitos porque no rio não cai um grão. Há atratividade tanto para investidores na futura concessão, como para quem navega no local. Se houver condição de navegação, é o modal mais barato. Será dada maior fluidez e os empresários ficarão felizes de poder navegar.
Hoje, em muitos locais, eles dizem que não navegam porque não têm condições. Em fevereiro deste ano, o governo anunciou que leilões de concessões hidroviárias devem movimentar cerca de R$ 4 bilhões até 2026. A expectativa é de que os investimentos privados possam agir de forma mais ágil contra problemas históricos como o assoreamento, que impede a navegabilidade, principalmente em períodos de seca. Outras concessões atualmente em estudo são da Barra Norte (AM) e do Tocantins (TO). Sobre a ampliação da hidrovia do Rio Tocantins, há dificuldade envolvida no caso.
Primeiro, é preciso da obra de derrocagem do Pedral do Lourenço, que deve permitir a navegação na extensão dos rios Araguaia e Tocantins. Para essa concessão, o governo poderá aportar recursos obtidos no processo de privatização da Eletrobras. Ainda sobre o setor hidroviário, a Infra S.A. tem se dedicado a avaliar o que pode ser feito para evitar impactos na navegação que passa por Manaus (AM). No ano passado, o Estado sofreu com estiagem que inviabilizou a navegação de grandes embarcações por semanas. Há estudos para avaliar o que pode ser feito. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.