05/Jun/2024

Segundo dados da Frete.com, plataforma online de transporte de cargas com atuação na América do Sul, o número de contratações de fretes rodoviários para o agronegócio caiu 12,6% no primeiro trimestre de 2024 no Brasil, em comparação com igual período de 2023. A quebra de safras prejudicou o escoamento de grãos pelo País. Um dos principais desafios para a safra 2023/2024 tem sido o clima, com Estados produtores enfrentando chuvas e calor intensos. Com isso, os fretes do milho encolheram 41,4%; de trigo, 38,6% e de fertilizantes, 20,6% no período. Entretanto, a soja manteve em alta as contratações para transporte no primeiro trimestre, com avanço de 14,4%.

Isso se justifica pelo aumento nas exportações da oleaginosa no primeiro trimestre, que passou de mais de 19 milhões de toneladas em 2023 para cerca de 22 milhões de toneladas em 2024. Os Estados com maior crescimento no frete de soja foram Rio Grande do Sul, com 42,6%; Minas Gerais, com 32,5%, e Goiás, com 22,5%. No caso do milho, Mato Grosso teve aumento nas contratações para transporte do grão, com 8,3%. As maiores quedas ocorreram com cargas movimentadas no Paraná (-66,6%) e Rio Grande do Sul (-60,5%). Os fretes do trigo apresentaram forte recuo no Rio Grande do Sul, Estado mais representativo do produto, com 46,3% de fretes a menos. Porém, subiram no Paraná (84,7%).

Os fertilizantes também ajudaram a puxar a queda nos fretes do agro, principalmente nos estados de São Paulo (-31,2%) e Minas Gerais (-26,3%). As dificuldades sentidas pelos produtores das Regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, as principais para o agronegócio, foram refletidas na plataforma no primeiro trimestre deste ano. Com isso, observou-se muitas quedas no volume de fretes, principalmente do milho e fertilizantes. Apesar dos problemas enfrentados com o clima pelo agronegócio, que tem 35% de representatividade dos fretes publicados na plataforma, ainda foi possível perceber um pequeno aumento de 0,5% no volume de cargas movimentadas neste primeiro trimestre. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.