04/Jun/2024

A Santa Clara Agrociência, companhia de fertilizantes especiais do Grupo Santa Clara, de Ribeirão Preto (SP), decidiu usar parte do dinheiro que obteve em sua primeira emissão de debêntures para financiar os produtores que compram seus produtos. Na operação, que concluiu recentemente, a empresa levantou R$ 30 milhões. Os recursos também vão aumentar a liquidez da empresa, em um momento em que a holding prepara-se para erguer uma fábrica de defensivos agrícolas biológicos e para ampliar sua estrutura atual. Inicialmente, a Santa Clara previa um pacote de investimentos de R$ 165 milhões até 2030, mas, agora, o orçamento deve chegar a R$ 500 milhões. O grupo espera faturar R$ 1 bilhão em 2030.

Em 2024/2025, a receita será de R$ 200 milhões. Nas últimas cinco safras, o grupo cresceu 33% ao ano, em média, e seu mercado, 23%. A receita que a companhia prevê para a safra atual representará um crescimento na faixa entre 17% e 20%. O planejamento estratégico já previa uma queda de ritmo neste e nos dois próximos anos devido ao ciclo de ajustes do agronegócio brasileiro. Mas, enquanto muitas empresas do setor estão ficando menores, a Santa Clara continua crescendo.

Atualmente, a empresa investe 8% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento de produtos, mas ela pretende aumentar a fatia para 20% nos próximos três anos. Já são mais de 80 produtos, mas a empresa vai reforçar o portfólio com bionematicidas, biofungicidas e bioinseticidas desenvolvidos em parcerias com a Embrapa e outros centros de pesquisa. O acesso ao mercado de capitais também serviu para testar o projeto de governança da empresa familiar, que iniciou o processo de profissionalização em 2008. Os executivos do grupo têm autonomia no processo de decisão. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.