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24/May/2024

Insumos: Belagrícola adota o modelo de franquias

Depois de três anos de estudo, a Belagrícola, de distribuição de insumos, resolveu adotar no agronegócio o modelo de franquias. O plano da empresa é conquistar 20 franqueados e agregar entre R$ 900 milhões e R$ 1 bilhão à sua receita até 2025. O primeiro franqueado da companhia é o empresário Nivaldo Gutierres Hernandes Junior, que abriu sua loja no último dia 15 em Herculândia (SP). Ele já é dono da Nutrigutti, empresa de soluções para nutrição que integra o Grupo Amendogutti, cerealista e exportador de amendoim. Agora, o empresário também venderá insumos no município de 9 mil habitantes e nas cidades próximas. Para a Belagrícola, acordos com empresários do segmento que aceitem um contrato de exclusividade são o modelo ideal.

O sistema de franquia fará a empresa entrar em cidades em que, além dos grãos, outras culturas também são importantes, como é o caso de Herculândia com o amendoim. Isso vai ampliar a área de atendimento e o portfólio de produtos e serviços. Mais dois franqueados estão negociando a entrada na operação. Eles deverão abrir suas lojas em São Jorge do Ivaí (PR) e Barretos (SP). A Belagrícola tem hoje 52 lojas próprias em São Paulo, Paraná e Santa Catarina, além de 40 silos para grãos a companhia tem interesse de ampliar suas operações nos Estados em que ela já atua, além de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. O cerne é atender pequenos e médios produtores com uma atenção especial. Por isso, a escolha dos franqueados passa por selecionar empresários e figuras influentes em cada cidade ou região.

O projeto de franquias da empresa também contempla pessoas físicas que queiram ser representantes exclusivos da marca. Para acertar a abertura de uma loja, o franqueado deverá pagar uma taxa de R$ 150 mil, além de arcar com os custos de reforma e padronização, que variam conforme o tamanho e mercado imobiliário de cada cidade. Em Herculândia, o franqueado gastou R$ 3 milhões em uma loja de 960 metros quadrados. Assim como no modelo de franquias tradicional do varejo, o dono da loja também paga 4% de royalties sobre o preço de compra dos produtos da Belagrícola. As franquias não impedem que a empresa também cresça com novas unidades próprias ou aquisições. Como ocorreu com outras distribuidoras, a Belagrícola teve perdas no último ano com a queda dos preços dos insumos, o que a fez revender produtos por preços mais baixos do que os que ela havia desembolsado pelos itens.

Além de atuar no varejo, a Belagrícola também tem operações nas áreas de sementes, trading, consultoria e eventos. Em 2023, o faturamento da empresa caiu 7,3%, para R$ 7,6 bilhões. A companhia, que havia tido lucro líquido de R$ 140 milhões em 2022, encerrou o ano passado com prejuízo de R$ 5 milhões. Em 2023/2024, foram escoados os últimos produtos comprados a preços altos por conta da guerra na Ucrânia. Agora, está adquirindo insumos para 2024/2025 e há atraso no volume. A companhia tem entre 12% e 15% do necessário para atender a próxima safra. A expectativa é de margens mais saudáveis para empresa em 2025. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.