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16/May/2024

Boa Safra divulga resultados do 1º trimestre/2024

A Boa Safra, líder na produção de sementes de soja no Brasil, registrou lucro líquido de R$ 8,091 milhões no primeiro trimestre de 2024, revertendo prejuízo de R$ 13,577 milhões em igual período de 2023. A receita operacional líquida no período foi de R$ 69,102 milhões, ante R$ 115,814 milhões no 1º trimestre de 2023, representando queda de 40,33%. O Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou negativo em R$ 29,204 milhões, aumento 88,09%, ante Ebitda negativo ajustado de R$ 15,527 milhões no 1º trimestre de 2023. Um dos principais investimentos da Boa Safra é a diversificação de culturas, onde ela expande suas operações além das sementes de soja, buscando reconhecimento em outras áreas. No primeiro trimestre deste ano, observa-se um aumento significativo na receita operacional bruta proveniente de outras culturas, excluindo a soja, em comparação com todo o ano de 2023.

As vendas de sementes de feijão, milho, trigo, sorgo e forrageiras totalizaram R$ 29 milhões, representando um acréscimo de R$ 10 milhões em relação a 2023, quando a empresa obteve receita em apenas três dessas cinco culturas mencionadas: feijão, milho e trigo. No período de 12 meses, o lucro líquido ajustado aumentou 82,24%, de R$ 142,100 milhões para R$ 258,957 milhões. A receita operacional líquida avançou 12,10%, de R$ 1,812 bilhão para R$ 2,032 bilhões. Segundo a companhia, para evitar uma concentração excessiva das vendas no primeiro trimestre de 2024, visando a eliminação dos efeitos de sazonalidade, a empresa optou por realizar a venda de uma grande parte dos grãos no fim de 2023 otimizando o capital de giro. O Ebitda ajustado cresceu 31,80% entre os dois períodos, de R$ 205,473 milhões para R$ 270,819 milhões.

Esse crescimento é reflexo de contínuo compromisso com a excelência operacional e com a implementação de estratégias de diversificação de negócio. Investimentos em expansão da capacidade instalada, seleção criteriosa de variedades de plantas, adoção de tecnologia avançada em nossas sementes e o fortalecimento das nossas parcerias têm sido fundamentais para impulsionar nosso desempenho positivo. A companhia destacou, ainda, que, com o avanço deste ano, observa um cenário semelhante ao de 2023, onde os produtores têm sido ainda mais criteriosos na compra do seu pacote de insumos. No entanto, a carteira de pedidos continua demonstrando crescimento e resiliência. No primeiro trimestre, registrou um aumento de 7% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 1 bilhão em pedidos de sementes. Este aumento é um sinal encorajador, especialmente considerando o contexto de decisões tardias dos produtores, influenciadas neste ano por questões climáticas e pelo preço dos grãos.

A Boa Safra atribui os resultados do primeiro trimestre deste ano à diversificação e ao protagonismo do novo portfólio de sementes da companhia. A semente de alto valor agregado, sinergias e portfólios com novas sementes mostram números robustos no início do ano. Tradicional produtora de sementes de soja, a Boa Safra vem diversificando o portfólio nos últimos anos como forma de dirimir a sazonalidade da safra da oleaginosa. Sementes de feijão, milho, trigo, sorgo e forrageiras totalizaram R$ 29 milhões no primeiro trimestre. A diversificação de receitas reflete o enorme potencial para aumentar a participação da carteira da empresa, com a otimização dos ativos por meio da expansão para novas culturas. Somente sementes forrageiras e de sorgo faturaram mais R$ 15 milhões no 1º trimestre de 2024. No total, o acréscimo de outras sementes foi de R$ 10 milhões em comparação com 2023. A diversificação de sementes é favorecida pela diferente janela de plantio. São sementes de 2ª safra, então, essas outras sementes acabam mitigando a sazonalidade.

Por causa da sazonalidade, o primeiro e segundo trimestres do ano não são períodos fortes em termos de resultado. Por isso, é preciso olhar para os 12 meses do ano para mitigar a sazonalidade da empresa. É a empresa mais sazonal da bolsa. Isso acontece porque a empresa permanece com o produto até o momento do plantio. Essa característica do negócio faz com que a receita e os resultados sejam muito concentrados no segundo semestre. O primeiro semestre é o momento que a Boa safra está produzindo as sementes, então só tem custos e despesas. Outro destaque foi o recorde na carteira de pedidos da Boa Safra, que superou R$ 1 bilhão no primeiro trimestre. Em abril, a Boa Safra realizou um follow on de R$ 300 milhões. Neste ano, a companhia deu início às obras para a construção de dois novos centros de distribuição em Mato Grosso, um em Campo Novo dos Parecis e outro em Ribeirão da Cascalheira. Isso demonstra nossa confiança no plano de crescimento, independentemente do sucesso da captação dos recursos do follow on da companhia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.