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02/May/2024

Máquinas Agrícolas: desempenho no mês de março

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou os dados de desempenho do setor em março, confirmando crescimento de 6,2% na sua receita líquida na comparação com fevereiro, com ajuste sazonal. Em valores, o setor de máquinas e equipamentos faturou no mês passado R$ 20,618 bilhões. Na comparação com março do ano passado, porém, o faturamento líquido do setor amargou uma queda de 27,1%. O segmento de máquinas e implementos agrícolas teve queda de 6,6% na receita líquida de março comparativamente a fevereiro livre dos efeitos sazonais e recuou 44,9% no confronto com março de 2023. O consumo aparente do setor, que é a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações, cresceu 6,5% em março na comparação com fevereiro, já descontados os efeitos sazonais do período.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria de máquinas e equipamentos em março subiu 3,1 pontos porcentuais, de 71,4% em fevereiro para atuais 74,5%. A balança comercial do setor fechou o mês de março com um crescimento de 7,3% em relação a fevereiro, com as exportações avançando, na mesma base de comparação, 24,6%, enquanto as importações cresceram 13,9%. O número de empregados na indústria de máquinas e equipamentos em março permaneceu praticamente estável, com um leve aumento de 0,1% para 388,2 mil trabalhadores diretos. A Abimaq vai esperar os resultados da Agrishow 2024 e da Feimec 2024, que começa na próxima semana, para revisar sua expectativa de crescimento do setor neste ano que, por enquanto, está sendo mantido em 3,5%. A Agrishow, uma das maiores feiras de máquinas e implementos agrícolas do mundo, começou no dia 28 de abril e vai até dia 3 de maio. A Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos (Feimec), o maior evento da América Latina do setor, começa no dia 7 de maio.

Ainda não há uma previsão de como serão as vendas nas duas feiras. Quando se olha para os dados de faturamento do setor em prazos maiores, eles continuam bem negativos, rodando em dois dígitos, mas no mês a mês a receita líquida do segmento vem se recuperando. Em março, por exemplo, a receita líquida do setor de máquinas e equipamentos cresceu 6,2% sobre janeiro já com os devidos ajustes sazonais feitos. Com o bom andamento da safra de milho, pode-se dizer que o pior momento da agricultura já passou. Em março, o segmento das máquinas e implementos agrícolas registrou uma queda nas vendas de 6,6% ante fevereiro, com ajuste sazonal, e um recuo de 44,9% no confronto interanual. A razão dessa baixa, a despeito da boa colheita do milho e do programa de recuperação de áreas de pastos degradados, continuou a ser a dificuldade para se contrair crédito no setor financeiro privado, onde as taxas de juros partem de 15%.

O campo precisa de investimentos, mas com as taxas de juros altas o produtor vai esperar o Plano Safra no segundo semestre para investir em máquinas agrícolas. Este ano vai ser difícil, mas no ano que vem a perspectiva é positiva. A boa notícia no segmento de máquinas e equipamentos tem vindo das exportações, que têm se mantido em níveis elevados para os padrões brasileiros. Na comparação interanual de março deste ano com igual mês do ano passado, o faturamento líquido do setor encolheu 27,1%. Sobre esta queda tem muito peso do mercado doméstico que continua sentindo as altas taxas de juros e consequente dificuldade para os agricultores e setor de energia conseguirem crédito. No entanto, as exportações, que em março cresceram 24,6% sobre fevereiro, superando quase pelo dobro as importações de 13,9%, têm compensado a falta de dinamismo do mercado doméstico. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.