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29/Feb/2024

Máquinas Agrícolas: perspectiva negativa em 2024

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a receita líquida do segmento de máquinas agrícolas caiu 17,8% na passagem de dezembro de 2023 para janeiro de 2024. Na comparação com janeiro de 2023, o recuo foi de 32,8%. Apesar do recuo no faturamento total, as exportações de máquinas agrícolas cresceram 8,5% entre dezembro e janeiro. Na comparação interanual, os embarques diminuíram 6,3%.

Boa parte de recuo das receitas do segmento no mês está atrelada à diminuição das vendas de colheitadeiras para o mercado doméstico, que são majoritariamente utilizadas na safra de soja. Só a quantidade de colheitadeiras comercializadas no mercado interno diminuiu 69% na comparação com janeiro de 2023. A safra de soja foi onde a seca mais impactou. Quanto mais específico o item para a colheita de soja, maior a queda nas vendas.

A receita líquida do segmento do setor de máquinas agrícolas deve cair cerca de 10% no ano de 2024, após recuar 21% no ano passado. Porém, essa projeção ainda é “otimista”, uma vez que as quedas podem ser ainda mais acentuadas, a depender, entre outras coisas, dos efeitos do clima sobre a produção agrícola do País ao longo do ano. A projeção fica condicionada a vários vetores ainda, o primeiro deles é como vai se comportar a 2ª safra de milho de 2024.

Há incertezas sobre qual será o nível de juro adotado dentro do Plano Safra em 2024, o que pode interferir no nível de investimento do setor agro em máquinas. Ou seja, o 10% de queda é em um cenário otimista. Se tiver componentes piores, como um Plano Safra sem ser robusto e o clima ruim, esse número pode piorar. Conjunturalmente, 2024 será um ano ruim para o setor.

Do ponto de vista estrutural e no longo prazo, porém, há otimismo para a produção agrícola no País e a venda de máquinas voltadas para o setor. Importante destacar que os efeitos do clima sobre a produção em 2024 são pontuais, e a perspectiva é de aumento das exportações brasileiras de alimentos nos próximos anos o que, consequentemente, significaria o aumento da área plantada no País. Aí não terá máquina sobrando no Brasil para isso. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.