14/Feb/2024
A fabricante norueguesa de fertilizantes Yara reportou, nesta sexta-feira, lucro líquido de US$ 246 milhões (US$ 0,96 por ação) no quarto trimestre de 2023. O resultado representa queda de 68% ante igual período do ano anterior, quando a companhia teve lucro líquido de US$ 766 milhões (US$ 3,02 por ação). A receita caiu 34,4% no mesmo comparativo, para US$ 5,464 bilhões ante US$ 3,582 bilhões no quarto trimestre de 2022. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 45%, para US$ 586 milhões. Ao excluir itens especiais, o Ebitda do quarto trimestre do ano passado foi 46% menor quando comparado com igual intervalo de 2022, alcançando US$ 576 milhões. As entregas de produtos da companhia foram 0,35% maiores em comparação ao quarto trimestre do ano anterior, e atingiram 7,25 milhões de toneladas.
A produção de fertilizantes acabados da companhia no período registrou alta de 12%, para 4,93 milhões de toneladas, enquanto a produção de amônia subiu 19,3%, para 1,87 milhão de toneladas. A empresa atribuiu a queda do Ebitda às margens mais baixas, em virtude de preços de venda mais baixos, que mais do que compensaram a redução nos custos de energia. Em relação às entregas totais, a Yara afirmou que houve um aumento nas entregas de nutrientes para culturas em comparação com um quarto trimestre mais fraco no ano anterior, compensado por entregas menores de produtos industriais. A demanda contida levou a Yara a reduzir parte de sua produção na Europa, totalizando 11% da capacidade de fertilizantes acabados e amônia no trimestre. No acumulado do ano fiscal de 2023, a Yara reportou lucro líquido de US$ 54 milhões, ante lucro de US$ 2,78 bilhões reportado em 2022.
Já a receita caiu 35,4% em igual comparação, para US$ 15,547 bilhões. O Ebitda no ano fiscal ficou em US$ 1,709 bilhão, baixa de 65,5% ante 2022. Segundo a empresa, o Ebitda recuou principalmente por causa das margens mais baixas, com preços de venda mais baixos compensando a redução nos custos de produção. Já as entregas diminuíram 5% em comparação com o ano anterior, com a redução da disponibilidade de produtos terceirizados devido a sanções à Rússia. Para 2024, a Yara está estrategicamente posicionada para impulsionar a transição energética, a crise climática e a segurança alimentar. A empresa afirmou que, com base nos atuais mercados futuros de gás natural (31 de janeiro de 2024) e assumindo volumes estáveis de compra de gás, se estima que o custo de gás da Yara para o primeiro trimestre de 2024 seja US$ 320 milhões menor que no ano anterior, enquanto no segundo trimestre a redução deve ser de US$ 100 milhões ante 2022.
Além disso, a empresa destacou que, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, o fornecimento de nitrogênio está até agora abaixo de uma temporada normal, indicando um equilíbrio global mais apertado para o primeiro semestre de 2024. A acessibilidade dos fertilizantes melhorou durante o trimestre, e as taxas de aplicação ideais atuais estão aproximadamente 6% mais altas do que há um ano”, afirmou em nota. “O início de 2024 viu um aumento na atividade de compra e preços mais altos, sinalizando um possível ajuste de volume na principal temporada de aplicação no Hemisfério Norte. Quanto à ureia, as projeções mostram crescimento da oferta abaixo do aumento do consumo a partir de 2024. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.