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09/Feb/2024

Fertilizantes: poder de compra favorável ao produtor

Segundo a Mosaic, o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de janeiro de 2024 fechou em 0,95, um aumento de 7% em relação a dezembro (0,89), mas 4% abaixo de janeiro de 2023. O momento continua favorável para a relação de troca dos principais produtos. Durante o ciclo, houve uma pequena queda nas médias de preços dos fertilizantes e das commodities agrícolas, ambos considerados no cálculo. Quanto menor o IPCF, melhor é a relação de troca, principalmente quando o número fica abaixo de 1. No caso das commodities, os grãos foram puxados principalmente pela soja, cujo preço recuou 10% no período analisado.

A avaliação considera que as previsões para 2023/2024 do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) são promissoras para a próxima safra da oleaginosa brasileira. Esse fator, aliado a um período de baixa demanda chinesa e expectativas de uma excelente safra na Argentina, tem pressionado os preços, causando essa contração. Os preços do milho (+1%), algodão (estável) e cana-de-açúcar (-2%) tiveram variações mínimas em relação a dezembro e, consequentemente, menor influência no resultado final. A 2ª safra de 2024 ainda é uma incógnita.

Os preços dos fertilizantes se mantiveram praticamente estáveis no mês, com pequenas correções para baixo em relação ao valor do potássio durante o período de baixa atividade nas compras e estoques confortáveis no País. Os nitrogenados passaram por uma recuperação expressiva, devido aos preços descontados que o Brasil oferecia comparados com outras geografias mais rentáveis, alinhado a uma demanda concentrada para a 2ª safra em um horizonte curto de tempo, fazendo as poucas toneladas disponíveis serem valorizadas.