08/Feb/2024
Na terça-feira (06/02), foi apresentado o Plano Nacional para Escoamento da Safra de Grãos 2023/2024. Estão previstos R$ 4,7 bilhões em recursos públicos para obras estruturante, com foco em diminuir custos de transporte e aumentar a competitividade do agronegócio no Brasil. O Plano, que tem como tema “abrindo caminhos para o Brasil avançar”, consiste no detalhamento de investimentos para ferrovias e rodovias nos corredores do agro que estão previstos para este ano. São R$ 4,7 bilhões em recursos públicos disponibilizados para obras estruturantes nos principais corredores logísticos que cortam o País de Norte a Sul. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou a importância dos investimentos no setor, pois a formação de preço é diretamente ligada ao custo de frete. Com transporte mais eficiente, com modais mais integrados, com portos dando fluidez, isso se reverte em renda, em capacidade de ganhar mercados cada vez mais exigentes e cada vez mais competitivos.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que o Plano reitera o trabalho do governo federal para o crescimento da agricultura brasileira. Esses investimentos representam a melhoria da malha de forma geral e a conclusão e intensificação de obras estruturantes nos corredores do agro. De 2023 para cá, o Brasil já teve resultados crescentes na exportação e importação, que significa muito mais atividade econômica, com obras que dão acesso aos portos e fortalecem a chegada dos grãos. Os investimentos serão divididos entre o Arco Norte, com previsão de R$ 2,6 bilhões, e o Arco Sul/Sudeste, com R$ 2 bilhões. Além disso, estão previstos, para 2024 ainda, os leilões de mais dois lotes de sistemas rodoviários no Pará e outras oito concessões em corredores do agro que, somadas, devem injetar R$ 95 bilhões em melhorias nas estradas. O resultado da retomada de investimentos promovida pela atual gestão possibilitou um aumento expressivo nos índices de condição da malha rodoviária (ICM), medidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em dezembro de 2023.
Somente no Arco Norte, em 2023, o crescimento foi de 2 mil quilômetros de vias consideradas em boas condições para o tráfego, atingindo um indicador de 80% de malha rodoviária boa, uma evolução de 28%. A título de exemplo, a BR-158-PA saiu de 3% considerada boa para 98%, já a BR-364/RO foi de 43% para 87%. No Corredor Sul/Sudeste, o ICM bom passou de 50% para 65%. A meta é chegar a 90% no Arco Norte e 80% no Sul/Sudeste até o fim deste ano. Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, as ações articuladas levarão a um melhor escoamento da produção brasileira. Esses indicadores colocam o Brasil na rota do maior volume de investimento da América do Sul e mostram que o governo federal tem atuado fortemente nos corredores que facilitam o escoamento da produção e para fortalecer os portos do País. Também foi inteirado que há previsão, em 2024, de investimento de R$ 639 milhões em portos e hidrovias para auxilia no escoamento para o exterior da safra. O Brasil tem hoje 19 mil quilômetros de hidrovias navegáveis, com potencial de chegar a 42 mil quilômetros nos próximos oito ou dez anos.
Isso significa reduzir custos nas operações, dialogar com a agenda ambiental e ajudar a potencializar o escoamento da produção brasileira. O Ministério da Agricultura também está reunindo esforços para dar celeridade na recuperação e ampliação de estradas vicinais em todo o País. Por meio de convênios, até o momento, já foram liberados mais de R$ 951 milhões para estados, municípios e consórcios viabilizarem 572 obras em quase todos os estados brasileiros. A iniciativa visa melhorar o escoamento da safra e a infraestrutura logística da produção, além de facilitar o deslocamento da população rural. Entre os primeiros projetos aprovados, por exemplo, está o do município de Canarana (MT), cujas obras já estão na terceira medição para a recuperação de mais de 160 quilômetros. Somente em Minas Gerais estão sendo executadas 84 obras em parceria com 69 municípios e com a Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias. Paraíba e Rio Grande do Sul contam com 54 obras em cada Estado.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, tem prezado pela articulação de esforços para atrair investimentos internacionais e o mercado financeiro é responsável pela organização do recebimento desses recursos. Fundos soberanos de crédito como o da Arábia Saudita poderão acelerar os investimentos nas rodovias brasileiras. O governo dialoga com os potenciais interessados, mas o mercado financeiro tem papel de fazer interface com investidores estrangeiros, fazendo as estruturações necessárias para a chegada de crédito. O ministro voltou a destacar o plano de fazer 33 leilões até 2026, que somado aos dois realizados no ano passado totalizaram 35 durante o atual governo. O governo federal entende que o ganho com logística é fundamental e para isso é preciso somar esforços. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.