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07/Feb/2024

Insumos: AgroGalaxy anuncia substituição de CEO

O atual CEO da varejista de insumos agrícolas AgroGalaxy, Welles Pascoal, anunciou nesta terça-feira (06/02) a sua substituição pelo vice-presidente de Operações da companhia, Axel Labourt, para o seu lugar. O anúncio foi feito por meio de Fato Relevante e discutido em coletiva online com jornalistas. Labourt assumirá a nova posição a partir de 1º de março. A companhia também realizou outras mudanças significativas em sua estrutura, com o desligamento de mais de 80 posições corporativas. Segundo Labourt, a decisão pretende deixar a companhia mais enxuta, com maior foco na ponta e, consequentemente, maior proximidade com o produtor rural, onde os negócios de fato são realizados. "Não estamos fazendo nenhuma loucura, mas o que estudamos há mais de 7 meses. Repensamos processos ao diminuir a quantidade de camadas até chegar no CEO", destacou o CFO, Eron Martins.

De acordo com Labourt, o encerramento de tais posições traz economia significativa para a companhia e a deixa preparada para anos mais difíceis. A AgroGalaxy também está fazendo alterações logísticas, mas sem afetar o negócio de sementes. Anteriormente, divididas em oito centros de distribuição, Torre Norte e Torre Sul, agora o grupo passará a ser organizado em cinco unidades de negócios, divididas em Sul, que engloba basicamente o Paraná; Sudeste, que inclui a região paranaense dos Campos Gerais, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais; Cerrado-Oeste, com atuação principalmente em Mato Grosso; Cerrado-Leste, voltada para Goiás, Maranhão e principalmente o Piauí e, por fim, Mato Grosso do Sul. A empresa continuará com sua atuação em 14 Estados e atendendo a todos os clientes.

No entanto, o funcionamento de 19 lojas está sendo avaliado, com possíveis fechamentos em vista e eventuais deslocamentos da equipe comercial. Sobre possíveis novos investimentos, os executivos disseram estar tendo "conversas bem avançadas", com alguns acionistas, sem entrar em detalhes. No fim do ano passado, a companhia recebeu um aporte de R$ 150 milhões do fundo de investimento de private equity Aqua Capital, acionista majoritário da companhia, com expectativa de reforçar o caixa e reduzir endividamento, após um 2023 de estoques robustos adquiridos a patamares mais altos de preço. O esperado é que 2024 também não tenha um início de primeiro semestre fácil.

"Enxergamos o primeiro semestre em linha com 2023 e, se as condições melhorarem, podemos ter um fim de ano mais favorável", estimou Labourt. Estão no radar da empresa o recuo no preço dos grãos e as incertezas climáticas. O futuro CEO da varejista projeta um começo de ano mais brando, ainda de margens apertadas para produtores, mas com os ajustes nos insumos já feitos. "Quem trabalha no agro sabe que essa volatilidade faz parte do negócio", afirmou Martins. "O que colocamos logo que começamos a desenhar a estratégia é ter uma empresa preparada para qualquer momento. Se for um ano como 2023, vamos sair sem nenhum arranhão." Fonte: Broadcast Agro.