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02/Feb/2024

Máquinas: Abimaq divulga os resultados de 2023

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o faturamento líquido total do setor de máquinas e equipamentos brasileiro caiu 13,2% em dezembro, na comparação com novembro. Na comparação com dezembro do ano passado, o faturamento líquido total da indústria caiu 22,4%. Com o resultado, houve queda de 11% no faturamento líquido do setor em 2023 na comparação com o ano anterior. O consumo aparente de máquinas e equipamentos fabricados no Brasil em dezembro caiu 13,1% na comparação com novembro. Na comparação com dezembro de 2022, o consumo aparente de máquinas e equipamentos recuou 20,4%. No acumulado de 2023, o consumo aparente de máquinas e equipamentos registrou queda de 11,5% em relação a 2022. O consumo aparente de bens industriais é definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações.

As exportações brasileiras de máquinas e equipamentos subiram 14,5% entre novembro e dezembro. Na comparação com dezembro do ano passado, porém, os embarques de máquinas e equipamentos para o exterior contraíram 5%. Com isso, as exportações registraram alta de 14,6% em 2023, na comparação com o ano anterior. As importações, por sua vez, tiveram queda de 0,8% na margem em dezembro e de 1,5% na comparação interanual. No acumulado de 2023, houve crescimento de 7,2% nas importações em relação a 2022. O número de trabalhadores na indústria brasileira de máquinas e equipamentos caiu 2,6% na margem em dezembro. Em relação a dezembro de 2022, houve queda de 1,4%. No acumulado de 2023 houve recuo de 0,5% no emprego em relação ao ano anterior. No ano passado, houve destruição de pouco mais de 5 mil postos de trabalho. Apesar desse encolhimento, houve admissões nos produtores de máquinas para infraestrutura e indústria de base e de máquinas para logística e construção civil.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria de máquinas e equipamentos brasileira caiu para 73,6% em dezembro de 2023. Em dezembro de 2022 o Nuci do setor foi de 76,7%. O setor operou, em média, em 2 turnos neste ano. A carteira média de pedidos no mês voltou a recuar e atingiu a média de 9,4 semanas de atividade. O resultado foi puxado pela piora nas encomendas de máquinas para bens de consumo, componentes, máquinas para logística, construção civil e máquinas agrícolas. O investimento no setor deve somar R$ 10,5 bilhões em 2024, nível 4,5% menor em relação ao investimento total de 2023, que foi de R$ 11,0 bilhões. O montante alcançado em 2023 representa 90,6% do que foi projetado pelo próprio setor no final de 2022. Entre os vetores que tiveram impacto negativo nos investimentos neste ano, pode-se citar o nível elevado do juro e a redução das atividades produtivas em diversos setores da economia ao longo do ano.

A grande notícia para o setor de máquinas e equipamentos em 2023 foi o desempenho das exportações. Os embarques do setor no ano passado somaram US$ 13,95 bilhões, um crescimento de 14,6% em relação a 2022. O resultado foi o maior da série histórica iniciada em 2012. Isso aconteceu mesmo em um cenário internacional de relativa desaceleração na atividade, com aumento do juro nas principais economias, o que influencia a atividade global. A elevação das exportações foi disseminada entre os principais segmentos de máquinas e equipamentos, o que compensou o consumo interno mais fraco ao longo do ano. Após contrair 11% em 2023, o faturamento líquido de máquinas e equipamentos deve voltar a crescer em 2024. A projeção de elevação é de 3,5% nas receitas totais do setor neste ano. Esse incremento nas receitas deverá ser puxado pelos segmentos de máquinas e equipamentos ligados à construção civil e infraestrutura, que deverão ser beneficiados por programas do governo e investimentos privados voltados para a área. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.