01/Feb/2024
A Petrobras retomou nesta terça-feira (31/01) o evento com investidores internacionais em Nova York ("Deep Dive"), onde apresentou suas perspectivas para os investimentos em energias renováveis. Segundo a apresentação, a estatal prevê atingir cerca de 5 gigawatts (GW) em geração de energia solar e eólica que estão em construção ou em operação no Brasil. A estatal informou aos investidores que o Brasil tem oportunidades no mercado de energia renovável de 76,3 GW, sendo 43 GW na fase de pré-construção; 43 GW em desenvolvimento; e 15,4 GW em operação. "Bom momento para acessar oportunidades no mercado de energia renovável", afirma a empresa no material do evento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Entre as vantagens apontadas pela companhia, se destacam um grande número de projetos com subsídios e benefícios regulatórios; empresas com bons projetos em busca de recursos; e integração com futuros projetos de hidrogênio.
A Petrobras pretende equilibrar sua capacidade de geração térmica e renovável até o final do período 2024-2028, atingindo cerca de 10% da capacidade de energia fotovoltaica e eólica do Brasil em operação ou construção até 2028 (cerca de 5 GW). O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse a investidores internacionais que a empresa não dará nenhum “salto no escuro”, referindo-se ao momento de transição da companhia, que pela primeira vez assumiu metas ousadas para a geração de energia renovável. A Petrobras anunciou que seus projetos de energia eólica e solar em terra podem chegar a 5 gigawatts (GW) em 2028. Trata-se de uma empresa de petróleo em transição. A Petrobras está se transformando de forma gradual, investindo em novas energias, sem abrir mão, de uma hora para outra, da produção de petróleo. Independente dos segmentos nos quais atua, é importante ressaltar que a empresa investirá em ativos rentáveis e em áreas que possuem sinergias com as atividades que a companhia já desenvolve, aproveitando todo o conhecimento técnico que a Petrobras já tem.
A companhia irá investir US$ 102 bilhões nos próximos cinco anos. É o maior plano de investimento de uma empresa brasileira. A demanda mundial por petróleo deve continuar em alta nas próximas décadas, e projeções da Agência Internacional de Energia (AIE) indicam que o Brasil pode ser responsável por uma parte significativa deste suprimento, cerca de 5% do volume mundial de petróleo, no futuro. O segmento de E&P da Petrobras tem boas perspectivas nos próximos anos. A curva de produção total alcançará 3,2 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia em 2028. Com a transição energética, o mercado deve priorizar petróleos com menor pegada de carbono. A Petrobras possui um diferencial competitivo, pois seus petróleos estão entre os mais descarbonizados do mundo. Novas tecnologias, como o uso de materiais anticorrosivos, plantas industriais 3D e digital twins estão trazendo mais eficiência e permitirão ainda mais geração de valor para a Petrobras.
Foi destacada a importância dos investimentos em exploração, que somarão US$ 7,5 bilhões até 2028. Em novas fronteiras exploratórias, como a Margem Equatorial, a previsão é investir US$ 3,1 bilhões em exploração até 2028. No horizonte do Plano Estratégico 2024-2028+, a companhia irá perfurar mais de 350 poços marítimos de desenvolvimento da produção, lançar mais de 8.000 quilômetros de dutos e colocar em operação 14 FPSOs, 10 dos quais já estão contratados. Foram apresentadas aos investidores iniciativas de pesquisa e desenvolvimento da Petrobras. Até 2028, a companhia investirá US$ 3,6 bilhões no segmento. A companhia está atenta aos novos padrões de consumo e enxerga uma oportunidade de negócio em produtos de baixo carbono, já tendo iniciativas nesse sentido no mercado, como a Gasolina Podium carbono neutro, os Asfaltos CAP Pro e o Diesel R5, com 5% de conteúdo renovável. A Petrobras está buscando um posicionamento forte tanto para o atendimento das demandas de energia fóssil quanto oferecendo produtos para o mercado de baixo carbono. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.