26/Jan/2024
A Lavoro, uma das maiores varejistas de insumos agrícolas da América Latina e que possui ações negociadas na bolsa norte-americana Nasdaq, teve prejuízo líquido ajustado de US$ 8,9 milhões no primeiro trimestre do ano fiscal 2024, encerrado em 30 de setembro. Em igual período do ano fiscal anterior, a companhia teve lucro líquido ajustado de US$ 17,2 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no primeiro trimestre fiscal ficou em US$ 11,1 milhões, queda de 75% na comparação anual. A margem Ebitda ajustado caiu 7,9%, para 2,3%. Em comunicado, a companhia disse que o desempenho se deve principalmente a margens menores de distribuição de defensivos agrícolas e fertilizantes.
A receita líquida no primeiro trimestre fiscal aumentou 11%, para US$ 483,1 milhões, impulsionada por ganhos de participação de mercado. Em termos de câmbio constante, a receita aumentou 3%. A receita com insumos cresceu 5%, com um aumento robusto do volume e contribuições das aquisições recentes, que mais do que compensaram os efeitos adversos dos preços de venda. Para todo o ano fiscal 2024, a Lavoro reduziu seu guidance de Ebitda ajustado para uma faixa entre US$ 80 milhões e US$ 110 milhões. Anteriormente, a expectativa era de um intervalo entre US$ 135 milhões e US$ 165 milhões. Essa redução se deve à recuperação mais lenta do que o esperado nas margens de distribuição de defensivos agrícolas e fertilizantes, e aos possíveis efeitos do El Niño sobre a segunda safra de milho no Brasil. O guidance de receita total foi mantido em uma faixa de US$ 2 bilhões a US$ 2,3 bilhões.
A Lavoro informou que a receita obtida no varejo do Brasil no primeiro trimestre fiscal chegou a US$ 411,8 milhões, 15% maior do que em igual período do ano fiscal anterior. A receita com insumos cresceu 9%, para US$ 371,6 milhões, enquanto a receita com grãos aumentou 136%, para US$ 40,2 milhões. O CEO da Lavoro, Ruy Cunha, destacou os efeitos adversos do El Niño sobre a safra de soja do Brasil e os possíveis atrasos no plantio da segunda safra. Por isso, a companhia está prevendo agora uma contração de 25% no varejo de insumos agrícolas do Brasil no ano-safra 2023/2024, ante uma expectativa anterior de queda de 20%. Na América Latina, a companhia teve receita de US$ 66,3 milhões no primeiro trimestre (-1%). Na divisão Crop Care, de insumos especiais, a receita somou US$ 35,7 milhões (-1%). Fonte: Broadcast Agro.