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16/Jan/2024

Rodovias têm aumento de pontos críticos em 2023

As rodovias brasileiras encerraram 2023 com aumento de 1,5% dos pontos críticos da malha, em mapeamento que observa ocorrências graves como quedas de barreiras, erosões na pista, grandes buracos e pontes estreitas ou caídas. O levantamento elaborado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra que, apesar dos dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) apontarem para melhora geral das rodovias federais, aquelas sob gestão pública tiveram aumento dos pontos críticos de 6,56%. Em números gerais, considerando rodovias estaduais e federais, sejam elas sob administração pública ou concedida, foram identificadas 2.648 ocorrências graves na malha rodoviária do País, 38 a mais que em 2022, o que corresponde ao acréscimo 1,5% em relação ao ano anterior.

Considerando a totalidade das federais, sob concessão ou gestão pública, o número de pontos críticos ficou ligeiramente menor que em 2022 (1.777 contra 1.787). No recorte daquelas sob gestão pública, o inverso, saindo de 1.631 em 2022 para 1.738 em 2023. Nas rodovias federais, locais com ocorrência de buracos grandes (cujo tamanho é igual ou maior que um pneu de veículo de passeio) lideram o número de casos, com 1.231 registros, contra 806 contabilizados em 2021 e 1.205 em 2022. Dos 1.231 buracos em vias federais, 1.227 estão na malha gerida pelo Estado, ou seja, 99%. Conforme os dados de 2023 da CNT, a malha rodoviária federal tem 75.5 mil Km, sendo 15.75 mil Km concedidos, ou seja, 20,86% estão sob concessão. Diante dos resultados, a CNT estima que sejam necessários R$ 4,88 bilhões para a resolução dos problemas de 2023 apontados na publicação.

Desse total, 38,5% devem ser destinados à correção de quedas de barreiras e 21,7%, à adequação ou reconstrução de pontes estreitas. Levando-se em conta o investimento necessário para intervenção de melhorias emergenciais, como reconstrução, restauração e manutenção dos trechos da malha rodoviária federal que apresentam problemas, a estimativa da necessidade de recurso sobe para R$ 46,8 bilhões. A entidade defende que sejam empreendidos maiores esforços na priorização em infraestrutura do transporte, diante dos impactos e riscos que os pontos críticos exercem sobre a fluidez do trânsito e a segurança dos usuários. O investimento na prevenção e/ou na correção imediata de pontos críticos é a melhor forma de evitar que os problemas nas vias se agravem. Os dados de pontos críticos contrastam com a melhoria geral aferida pelo Dnit. Pelo Índice de Condição da Manutenção (ICM), as rodovias tiveram um salto de qualidade entre 2022 e 2023. Enquanto em 2022 eram 52% em bom estado, em 2023 passaram para 67%.

A atual promessa é de que se alcance 80% da malha em classificação ótima ou boa ainda este ano, o que se tornaria o patamar mais alto de toda a série histórica do ICM. O ICM é calculado a partir de levantamento de campo, buscando classificar cada segmento em quatro categorias: péssimo, ruim, regular ou bom. O cálculo do ICM é composto pelo Índice de Pavimentação - IP (panelas, remendos e trincas), que representa 70% do valor final, e pelo Índice de Conservação - IC (roçada, drenagem, sinalização horizontal e vertical), que representa os 30% restantes. Todos os elementos detectados passam por um pós-processamento manual com a finalidade de retirar os chamados falsos positivos e, no caso dos itens do IC, também é feita a análise qualitativa deles. Após a conclusão dessas etapas, o software gera a planilha com os resultados do ICM, individualizado por quilômetro, no padrão do Dnit. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.