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08/Jan/2024

Insumos: compras em Marketplace avançam no Brasil

O agronegócio brasileiro ruma para se tornar cada vez mais tecnológico. Um levantamento da consultoria empresarial McKinsey apontou que 71% dos agricultores do País usam o meio digital em algum momento da jornada de suas compras. O levantamento The Brazilian Farms Mind in the Digital Era (O que Pensam os Agricultores Brasileiros na Era Digital) apontou também que os meios digitais são usados principalmente para a compra de insumos e equipamentos. A empresa ouviu pelo menos 2 mil produtores em 3 anos - entre 2020 e 2022. A pesquisa apontou ainda que o avanço das tecnologias digitais acompanha a renovação no campo. No Centro-Oeste brasileiro, segundo a sondagem, quase dois terços dos agricultores têm menos de 45 anos. Estes agricultores mais jovens são frequentemente mais instruídos e abertos a novas tecnologias digitais do que os mais velhos. Os primeiros a adotar a agricultura de precisão, como drones e aplicações de taxa variável, tendem a ser os mais jovens, aqueles que possuem grandes propriedades e estão localizados na região de Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

O levantamento apontou também duas grandes barreiras para o avanço do digital no campo: a falta de compreensão de como usar as novas tecnologias e a ausência de cobertura de telecomunicações, especialmente a internet das coisas - limitadores da adoção de novas tecnologias. A análise da consultoria encontrou ainda pelo menos cinco grupos comportamentais distintos de agricultores, levando em consideração fatores como cultura, tamanho da propriedade e faixa etária. Um deles, o de produtores de hortícolas, aparece na frente dos grandes produtores de cereais e fibras quanto ao uso de tecnologias digitais. Há diferentes barreiras para a geração mais nova de produtores rurais e elas podem ser superadas com soluções digitais tecnológicas práticas que ajudem nos desafios do dia a dia no campo. Há os nativos digitais, que cresceram cercados de dispositivos digitais e serão as pessoas que mais cobrarão essas mudanças, mas temos também aqueles mais experientes que já entenderam que a digitalização não é mais uma escolha. Por isso, a digitalização e as soluções oferecidas devem ser simples e para todos.

O produtor precisa ter em mãos ferramentas digitais que sejam adaptáveis. É natural que os mais jovens tenham maior abertura para novas tecnologias. Quando a solução busca atender as reais necessidades de quem cultiva e está no campo, ela flui de uma forma mais fiel à realidade e, portanto, se encaixa mais harmoniosamente na rotina do agricultor. Isso mostra que há um grande potencial de engajamento, inclusive, de diferentes gerações nas lavouras. A inovação, por meio de ferramentas digitais, é desenvolvida para resolver problemas do produtor rural, independentemente do tamanho de sua propriedade. A transformação digital é para todos, o que se precisa é encontrar formas de permitir que os menores produtores também possam usufruir dessa inovação. É questão de se ter a ferramenta adequada, e isso passa pelo entendimento de quem produz e, acima disso, de quem vende essas soluções. O comércio digital voltado ao agronegócio mostra robustez e cresce com a digitalização do campo, a agricultura de precisão e a pecuária 4.0.

A criação dos agromarketplaces é uma das principais tendências para atender a esse público. Segundo o relatório AgTech Pocket Report 2022, da Distrito, plataforma que reúne dados de negócios digitais, das 336 startups agro do Brasil, 49 (13,4%) são marketplaces. Levantamento da Forbes enumerou 20 plataformas que atuam no mercado brasileiro e oferecem serviços para ajudar na tomada de decisões e na rotina de trabalho de agricultores e pecuaristas. A MF Rural, criada em 2004, em Marília, interior de São Paulo, está na lista como uma das mais antigas do setor, lembrando que o Google só chegou por aqui em julho de 2005. O varejo online de produtos agropecuários cresce em ritmo acelerado. Outra é a Agrobid, do Grupo Superbid, é uma das primeiras empresas de leilões virtuais da América Latina. Por meio de lances online, comercializa veículos de terceiros, como tratores, pulverizadores, colheitadeiras, plantadeira e outras com a promessa de preços competitivos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.