15/Dec/2023
A Alltech, multinacional do setor de nutrição animal e soluções para a agricultura (crop science), espera fechar o ano com faturamento de cerca de US$ 2,3 bilhões, ou US$ 200 milhões (+9,5%) acima do desempenho de 2022. O Brasil, um dos 80 países em que a Alltech tem operações e que ocupa o terceiro lugar no ranking de faturamento da companhia, deve contribuir com cerca de US$ 340 milhões deste montante, ou R$ 1,7 bilhão. Em São Pedro do Ivaí (PR) está a principal instalação da empresa no mundo na área de fermentação de leveduras para nutrição animal e de plantas. Para 2024, a ideia é crescer nesse segmento.
Da fábrica de São Pedro do Ivaí a empresa produz para o mundo inteiro, então estão sendo traçadas estratégias em termos de eficiência, linhas de produtos e novas fórmulas. Embora a Alltech não diga se o desempenho no Brasil subiu ou caiu no último ano, houve aumento dos custos na produção de rações em 2023, em função da valorização do milho e da soja no mercado interno. É com a marca Guabi que a Alltech atende o mercado brasileiro de nutrição animal e que representa 60% do faturamento total da companhia no País, seguida por aditivos para melhorar o desempenho na pecuária (20%) e pela divisão de crop science (20%).
A partir das fábricas do Brasil (são quatro apenas para este segmento) a empresa exporta para mais de 80 países. Os produtos enviados ao mercado externo, inclusive para unidades da Alltech em outros países, saem sobretudo da unidade de São Pedro do Ivaí (PR). A planta industrial conta hoje com 270 funcionários, que trabalham na produção de leveduras, ácidos orgânicos, nitrogênio não proteico e outros blends. Na unidade Alltech Crop Science de Uberlândia (MG) são produzidas soluções para solo, performance, nutrição, proteção de cultivos e adubos para as mais variadas culturas. Após 30 anos de Brasil, completados no mês passado, a Alltech busca oportunidades, principalmente em negócios que possam ser abrigados sob a marca Guabi.
Desde 2019, quando adquiriu a marca Guabi, a Alltech investiu R$ 40 milhões na unidade do Paraná. Os planos de crescimento se basearam em transferência de tecnologia da multinacional para a marca brasileira, seguindo modelos que adotamos nos Estados Unidos e no Canadá (o primeiro e o segundo mercados da Alltech). Para os próximos dois anos, o objetivo é fazer aportes de mais R$ 13 milhões. Há projetos não só de melhorias na produção, mas de expansão da capacidade produtiva e introdução de novas tecnologias. Quanto ao segmento agrícola, recentemente a Alltech transferiu um dos seus escritórios de Curitiba (PR) para Maringá (PR) para ficar mais próximo dos agricultores.
A maior parte dos clientes é de pecuaristas tecnificados, o que qualifica a sua equipe de vendas. Mercado por mercado no mundo, a empresa notou variações de desempenho nas vendas, mas em termos globais, o crescimento este ano será maior do que no ano passado. Nos Estados Unidos, a situação da pecuária, sobretudo a bovina de corte, está mais favorável. Na Ásia, há problemas sérios, como surtos de gripe aviária. Em relação a um possível IPO, ainda não há interesse de abrir capital., pois empresas de capital fechado têm uma certa liberdade de pensar mais a longo prazo e, no setor, há muitas empresas familiares, como a Alltech, e de capital fechado. Além disso, o diálogo é mais fácil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.