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05/Dec/2023

Embalagens: indústria da beleza reduz uso de plástico

A Faber-Castell Cosmetics anunciou, na sexta-feira (1º/12), que fechou uma parceria com os grupos Suzano e Boticário para avançar na pauta da sustentabilidade em seus produtos, e vai substituir o plástico nas tampas dos lápis de maquiagem. A parceria segue uma tendência que tem avançado no mercado de beleza, que é um importante setor da economia brasileira. De acordo com dados do Euromonitor Internacional, o Brasil é o quarto maior mercado de beleza no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, da China e do Japão. E também já é um grande exportador: apenas nos quatro primeiros meses do ano, o setor exportou US$ 289,3 milhões, 17,2% mais do que em igual período de 2022, segundo dados da Associação Brasileira das Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). É uma indústria, porém, que está entre as que mais poluem. Estima-se que a indústria de cosméticos use, no mínimo, cerca de 10 mil produtos químicos de difícil decomposição e com alto potencial de poluição da água e do solo. Além do uso de químicos tóxicos, comuns na fabricação de muitos cosméticos.

Além disso, o Brasil é o quarto país do mundo entre os que geram mais lixo plástico, segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), para o que as embalagens da indústria de higiene e beleza muito contribuem. No entanto, seguindo a agenda ESG (meio ambiente, social e governança), diversas empresas do setor têm apostado no conceito de clean beauty (beleza limpa, em livre tradução), movimento que visa eliminar o uso de ingredientes poluentes. É o caso da Faber-Castell Cosmetics, divisão da multinacional de EcoLápis voltada para a terceirização de produtos de maquiagens para abastecer grandes marcas, e que agora aposta em embalagens mais sustentáveis. Em parceria com a Suzano e o Grupo Boticário, as tampas dos lápis de maquiagem da empresa agora são produzidas com o uso do papel Loop+, material biodegradável 100% brasileiro feito pela Suzano. De acordo com a Faber-Castell, esta é a primeira tampa livre de plásticos produzida no País. O braço de cosméticos da Faber-Castell já usa madeira de reflorestamento no "corpo" dos seus produtos.

A primeira marca a usar oficialmente essa solução foi o Grupo Boticário, com o delineador de olhos da linha Intense, já disponível para compra no mercado. Uma nova marca que também tem apostado na sustentabilidade é a vegana Creamy. A empresa informou ter diminuído em 75% o plástico em seu portóflio com o lançamento de produtos em refis. A iniciativa visa também a democratizar o acesso aos produtos, considerando que o consumidor terá 15% de desconto comprando o refil. A estratégia de permitir que os consumidores utilizem embalagens de produtos essenciais, aliada a um desconto significativo, incentiva a adoção de hábitos mais sustentáveis de maneira acessível, integrando a missão ambiental à experiência do consumidor. Outro exemplo é a Natura, que tem como um dos seus princípios a sustentabilidade. Recentemente, a marca lançou o primeiro hidratante concentrado para o corpo do mundo que possui 81% menos plástico que o refil convencional e é envasado em frasco feito 100% com plástico retirado dos rios amazônicos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.