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22/Nov/2023

Sol e Amazon: parceria na gestão de dados no campo

A Sol, empresa de tecnologia voltada ao agronegócio, firmou parceria com a Amazon Web Services (AWS) em uma plataforma de gerenciamento de dados de operações agropecuárias por meio de inteligência artificial. A ferramenta deve chegar ao mercado no primeiro trimestre de 2024, expandindo a oferta de produtos da empresa em conectividade rural e digitalização. A Sol observou os produtores com plataformas diferentes tentando entender como isso se torna resultado. É a inteligência artificial que vai reduzir perdas e aumentar a produtividade. A empresa iniciou as operações instalando torres de internet. Hoje, a rede cobre mais de 8 milhões de hectares no País. Essa não é a primeira investida da AWS no agronegócio do Brasil. A subsidiária de computação em nuvem da Amazon tem trabalhos em conjunto com o governo do Pará e grandes companhias do setor, como a Bayer e Tereos.

E a perspectiva é otimista em relação ao uso de dados do campo. A tendência é de crescimento exponencial. O cliente do agro já entendeu que, se não tiver dados, não consegue maximizar linhas de crédito e potencial da produção, afirmou a AWS no Brasil. A Sol está desenvolvendo uma ferramenta para agregar dados gerados por sensores de monitoramento e telemetria de máquinas. E, com a tecnologia da AWS, o sistema vai analisar e produzir informações que sirvam para o produtor rural tomar decisões de forma mais eficiente. A operação de campo da Sol trouxe muito conhecimento, mas o nível de inteligência artificial necessário para ativar isso, era um recurso necessário. As informações de campo irão para um sistema central e a inteligência fará a análise.

Se um agricultor precisa, por exemplo, saber o melhor momento para pulverizar a lavoura, a plataforma combinará dados da máquina e de clima, mesmo de fontes diferentes e, a partir dessa combinação, fará as sugestões, que chegarão ao usuário final por um aplicativo. O produtor terá que autorizar a inclusão de suas informações. De outro lado, há a necessidade de fazer o sistema “conversar” com as plataformas geradoras de dados, como as das empresas de máquinas e de monitoramento de solo e clima. O desafio é mais técnico, de conseguir fazer a integração, do que de negócios. Está bem pacificado que o produtor tem o direito de usar os dados. A Sol vai crescer à medida que seu ecossistema de parcerias atenda mais pessoas. A monetização para a Sol deve vir de duas formas. De um lado, da assinatura do serviço pelo produtor.

De outro, da contratação por outros agentes como bancos ou seguradoras, com a promessa de aprimorar a análise de risco de seus clientes. Existem instituições financeiras que estão dialogando com a Sol, para que, baseado nessa mesma inteligência, seja possível trazer para o mercado produtos financeiros mais baratos e mais competitivos. A expectativa é de que, até o início de 2025, a plataforma de análise de dados seja a principal fonte de receita da companhia. Segundo a AWS, a parceria com a Sol se tornou viável pela visão convergente das duas empresas a respeito do desenvolvimento tecnológico no agro. A AWS fornece a base tecnológica para a Sol aplicar no serviço que ela quer. A tecnologia da AWS está embarcada na aplicação e, a partir do momento que o cliente começa a usar, a empresa é remunerada pelo serviço. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.