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21/Nov/2023

Potássio do Brasil aguarda para projeto em Autazes

A Potássio do Brasil espera que nos próximos dias o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região em Brasília aceite recurso do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e libere Licença de Instalação (LI) para produção de cloreto de potássio no município de Autazes (AM). O processo já havia retornado para responsabilidade do Ipaam, após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) considerar que a decisão não era de sua competência. São cerca de sete anos de imbróglios judiciais para exploração do minério. O projeto está 100% fora de terras indígenas, só caberia ao órgão federal se estivesse dentro de terras indígenas. A justiça do Amazonas alega que nem todos os indígenas do povo Mura aprovaram o empreendimento na região.

Segundo a empresa, 34 aldeias consultadas, de um total de 36, estiveram na assembleia para discussão do projeto, aprovado com mais de 90% do quórum ante uma necessidade de 60% dos votos. Inicialmente, o projeto previa uma reserva do minério no território do povo Jauary, que tem território delimitado, mas não homologado, e a área foi retirada do empreendimento. A ideia é, tendo a liberação, iniciar as obras imediatamente. Elas devem durar cerca de quatro anos e meio. A expectativa é de que o empreendimento de US$ 2,5 bilhões atenda em 20% a necessidade de potássio do Brasil, que atualmente importa 98% do que é utilizado. A produção de Autazes deve corresponder a 2,2 milhões de toneladas de potássio por ano. O foco da produção deverá ser o estado de Mato Grosso, com a ideia de atender a maior parte das culturas.

O transporte do potássio deve ser feito pela subsidiária da Amaggi Exportação e Importação, Hermasa Navegação da Amazônia. Segundo a Potássio Brasil, os caminhões que já transportam grãos para os portos do Arco Norte devem fazer o retorno carregados de fertilizantes. O presidente da empresa estará nesta terça-feira (21/11) na Comissão de Infraestrutura do Senado para audiência pública convocada para discutir o potencial e os entraves da exploração de potássio no Brasil. O cenário aponta para preços mais altos dos fertilizantes devido às sanções econômicas dos Estados Unidos à produção da Bielorrússia, a guerra entre Rússia e Ucrânia e o conflito entre Hamas e Israel. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.