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17/Nov/2023

Tuzzi quer ser multinacional de equipamentos agrícolas

A brasileira Tuzzi, de acopladores e sistemas de tração, montou um estande de forma independente na Agritechnica 2023, feira de máquinas e equipamentos que vai até este sábado (18/11) em Hannover, na Alemanha. A empresa busca ser uma multinacional global e não tem medido esforços para “mostrar a cara” na Europa. Alexandre Tuzzi, CEO e fundador da empresa, afirmou que, depois de duas participações junto com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e o Sindipeças, precisava estar no pavilhão correto, de autopeças, para mostrar a capacidade da companhia. Os clientes são fabricantes de máquinas da Europa, que não conhecem a empresa, além das multinacionais que já são clientes em mercados como Brasil e Estados Unidos.

Mas, a empresa não foi homologada na Europa. As exportações da Tuzzi, concentradas em toda a América, respondem por 20% do faturamento, de R$ 200 milhões anuais, mas a ideia é passar a ser entre 30% e 40%. A luta não será fácil. São cinco grandes concorrentes diretos estabelecidos na Europa. A Tuzzi tentou comprar uma empresa na Europa no ano passado e não conseguiu, o que não descarta novas ações do tipo. O diferencial da Tuzzi é ser sustentável. O aço utilizado nas peças é comprado de uma empresa que emite metade de CO2 que seus concorrentes. Além disso, a Tuzzi utiliza apenas energia de fontes renováveis na fábrica que fica em São Joaquim da Barra (SP). Fundada em 1985, a Tuzzi foi desmembrada da siderúrgica São Joaquim, criada pelo pai do empresário em 1971.

Começou atendendo o setor automotivo e nos anos 2000, ao comprar uma companhia gaúcha de acopladores, iniciou os trabalhos em agro. Em 2014, veio a virada de chave e a Tuzzi passou a atender somente o mercado de máquinas agrícolas. A Tuzzi teve um expressivo crescimento de 114% entre 2021 e 2022 e de 53% entre 2021 e 2022. A inovação é um dos pilares da companhia, que tem um centro tecnológico homologado para realizar testes de resistência e segurança das peças para o mercado de máquinas fora de estrada. Fabricantes como Deere & CO e Caterpillar participam dos testes e do desenvolvimento dos produtos que pode durar até dois anos. A empresa investiu R$ 31 milhões para ter um centro de excelência. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.