09/Nov/2023

A produção agropecuária vai ser diferente em um futuro próximo, com o desenvolvimento e a adoção de tecnologias verdes cada vez mais intensas. Entre elas, estão o desenvolvimento dos produtos biológicos, adubos verdes e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). De acordo com a Lavoro, o protagonismo do Brasil pode ser ainda maior na aplicação e desenvolvimento dos insumos biológicos. Mais de 50% dos produtores brasileiros já utilizam esses produtos de fertilização ou proteção de cultivos.

A disponibilidade dos produtos no mercado interno ainda é pequena, de apenas 3%, quando comparada com os Estados Unidos, onde os biológicos representam 12% do mercado. Essa tecnologia já está bem avançada, mas deve chegar ao produtor. Não fazer sentido os Estados Unidos terem uma taxa de adoção de bioinsumos maior do que a do Brasil. Isso porque o inverno norte-americano é muito mais rigoroso do que a estação no Brasil, o que faz com que as baixas temperaturas já eliminem as pragas.

O Brasil não tem esse inverno e o País acaba tendo uma incidência de pragas muito maior. É uma questão de maturidade de mercado para essa adoção crescer no País. De acordo com a Embrapa Agrossilvipastoril, o desenvolvimento e a adoção de tecnologias permitiram quintuplicar a produção pecuária em 50 anos. É preciso pensar que não é só acrescentar à produção, mas também reciclar o uso de fertilizantes para que o setor seja competitivo.

Há trabalhos da Embrapa com estrutura do solo e plantas forrageiras. O uso racional dos fertilizantes é uma pauta que o Ministério da Agricultura tem trabalhado de modo muito forte. A Embrapa ainda bem buscando soluções tecnológicas acessíveis aos produtores familiares. Além disso, é destaque o desenvolvimento, pelo Brasil, dos sistemas de ILPF. Esta é uma solução brasileira que tem que ser replicada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.