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27/Oct/2023

Fertilizantes: Petrobras nega investimento na Bolívia

A Petrobras afirma que realizou uma missão de executivos da companhia na Bolívia com representantes da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) para monitorar potenciais oportunidades, mas nega que houve qualquer encaminhamento entre as empresas para instalação de uma fábrica de fertilizantes na Bolívia. Na ocasião, os executivos da Petrobras ouviram oportunidades apresentadas pelos representantes da YPFB, sendo que nenhuma destas oportunidades foi analisada pela Petrobras, não havendo, portanto, qualquer encaminhamento entre as empresas para instalação de uma fábrica de fertilizantes na Bolívia.

A estatal também reiterou que eventuais decisões de investimentos deverão, dentro da governança estabelecida na Petrobras, passar pelos processos de planejamento e aprovação previstos nas sistemáticas aplicáveis, tendo sua viabilidade técnica e econômica demonstrada. Apesar da negativa da Petrobras nesta quinta-feira (26/10), a boliviana YPFB informa que as duas companhias estão avaliando uma parceria para construir a segunda planta de amônia e ureia em Puerto Quijarro, cidade fronteiriça entre os dois países. O valor do projeto é de US$ 2,5 bilhões, para uma capacidade de produção de 4,2 mil toneladas. De acordo com a petrolífera estatal boliviana, há interesse de ambas as partes em fazer um investimento compartilhado, com perspectiva de execução da segunda fábrica.

No caso da Usina de Ureia é um investimento muito grande, massivo, muito preliminarmente o valor estimado é de mais ou menos US$ 2,5 bilhões em que, através de uma parceria, ambas as partes podem contribuir com parte do financiamento. A YPFB acrescentou que o Brasil tem interesse no projeto. Na reunião binacional, a Petrobras foi apresentada aos detalhes gerais do projeto: localização, escopo e capacidade de produção. Foram manifestadas a abertura que a YPFB tem em uma associação para um investimento conjunto, em virtude da qual a Petrobras manifestou seu interesse nesse sentido. Desde que assumiu a presidência da Petrobras, em janeiro deste ano, Jean Paul Prates tem afirmado a intenção de entrar nos setores de petroquímica e de fertilizantes, inclusive em parcerias com outros países.

A empresa, porém, está em plena elaboração do Plano Estratégico 2024-2028, que deve trazer novidades nesses setores. Segundo informações oficiais, o Brasil consumiu aproximadamente 8 milhões de toneladas de ureia por ano em 2011, atualmente aumentou para 12 milhões de toneladas. É um dos maiores consumidores de ureia boliviana, para quem se vende 80% da produção proveniente da Fábrica de Amônia e Ureia localizada em Bulo Bulo, Cochabamba. O País importa 90% do que consome e é um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Trata-se de um faturamento anual que varia de US$ 500 a US$ 600 milhões só para uma segunda planta, se isso se concretizar, teria que somar a renda gerada com a exportação para o Brasil e, com a planta atual, isso ronda entre US$ 200 e US$ 380 milhões anuais, afirmou a YPFB. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.