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24/Oct/2023

Produtos Químicos: consumo recuando no Brasil

De acordo com o Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC), feito pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o Consumo Aparente Nacional (CAN) de produtos químicos de uso industrial caiu 15%, em termos de volume em agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. Entre os componentes que integram o cálculo do CAN, o índice de produção recuou 15,54% em agosto na comparação anual, o de importações apresentou queda de 13,5% e o de exportações caiu 15,8%, ambos no mesmo período de comparação. O índice de vendas internas, por sua vez, registrou piora de 5,02% na relação anual. Na comparação de agosto ante julho deste ano, o CAN registrou redução de 7,9%.

Já no indicador de vendas internas, houve melhora de 7,97% em agosto ante julho, mas a alta recente não compensou as fortes quedas de vendas dos meses anteriores. O nível de utilização da capacidade instalada foi de 59% em agosto, um recuo de 9% na comparação anual (68%) e de 3% ante o mês anterior (62%). O valor está no patamar mais baixo da história dos indicadores da entidade. Já na média entre janeiro e agosto, o índice totalizou 65%, seis pontos percentuais abaixo ante igual período do ano passado (71%), o que representa o nível mais baixo da série desde 2007. O resultado da manutenção desse quadro difícil e desafiador pode ser o fechamento de plantas do setor químico, como, aliás, vem acontecendo nos últimos 30 anos.

Em termos de presença no mercado, a Abiquim aponta que além do aumento da participação do produto importado sobre a demanda, há ainda uma segunda preocupação, que é o recuo na demanda final por produtos químicos no mercado doméstico pelo segundo ano consecutivo. O cenário reflete que o cliente também está sofrendo com a possível importação de bens e produtos de uso final. De janeiro a agosto, o índice de preços dos produtos químicos caiu 17,25% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O indicador é medido pelo IGP Abiquim-Fipe, que também registrou deflação nominal de 2,51% em agosto na comparação com julho deste ano. As perspectivas não são animadoras caso se leve em conta a aproximação do inverno no Hemisfério Norte, que deve afetar sobretudo o mercado europeu com custos altos dos energéticos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.