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09/Oct/2023

Diesel: importação da Rússia recuou em setembro

De acordo com relatório do Citi, as importações brasileiras de diesel caíram 14% de setembro contra agosto e 43% em relação há um ano, com destaque para o produto russo, que mesmo assim representou 69% das compras externas. A queda ocorreu na comparação anual devido aos descontos em relação ao diesel vendido pela Petrobras e às restrições às importações da Rússia ao longo do mês de setembro. Na sexta-feira (06/10), no entanto, a Rússia suspendeu a proibição das exportações de diesel, movimento que reduz a pressão para um eventual aumento do diesel pela Petrobras em suas refinarias no curto prazo, apesar da defasagem em relação ao mercado internacional.

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem do preço das refinarias brasileiras é de 6% em relação ao preço praticado no Golfo do México, enquanto as refinarias da Petrobras registram diferença negativa de 9% na mesma comparação. As importações de diesel russo permanecem com um desconto de 16% em relação ao diesel comprado dos Estados Unidos, cujas importações em setembro pelo Brasil representaram apenas 7% do total. O Citi mantém a visão positiva sobre a tese de investimento das maiores distribuidoras de combustíveis Raízen, Ultrapar e Vibra, devido a uma oferta mais equilibrada de combustíveis no mercado interno. A partir de outubro voltou a valer a parcela do PIS/Cofins zerado no ano passado. Isso deverá gerar uma perda de estoque, que deverá impactar o resultado do quarto trimestre de 2023 das distribuidoras de combustíveis.

O banco estimou um preço-alvo de US$ 14,00 para os American Depositary Receipts (ADRs) da Petrobras e apontou entre os motivos para que possa não ser atingido o risco Brasil, devido à alta correlação da estatal com o mercado de ações, já que um maior interesse nas ações brasileiras poderia aumentar o interesse na Petrobras. Também foram apontados como possíveis riscos o preço do petróleo, já que a Petrobras está mais exposta após a mudança na política interna de preços, impactando o fluxo de caixa; a influência política devido ao peso do controle do governo na estatal; incertezas quanto ao crescimento da produção nos próximos anos; e o refinanciamento do grande endividamento da companhia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.