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05/Oct/2023

Usuários comuns não percebem o potencial do 5G

Segundo a Huawei na América Latina, a cobertura do 5G está crescendo em um ritmo acima do previsto no Brasil, mas, mesmo assim, os usuários não perceberam todo o potencial da nova geração de internet móvel no celular. Na verdade, os principais beneficiários do 5G devem ser as empresas. A percepção do usuário talvez não seja a que o mercado espera, mas a instalação do 5G está à frente da prevista pela Anatel. A percepção do usuário é pequena perto da capacidade total do 5G. O consumidor usa menos do que pode. As maiores vantagens do 5G em relação ao 4G são a maior velocidade de navegação, o menor tempo de resposta entre os aparelhos (latência) e a possibilidade de conectar milhares de dispositivos em uma rede ao mesmo tempo. Essas características são fundamentais para o avanço da automação dentro de fábricas, por exemplo, mas nem sempre são percebidas pelo consumidor comum. O usuário já consegue ver filmes no celular sem travar e fazer um download mais rápido.

Mas não vai notar tanto a baixa latência, a menos que seja um usuário gamer. Ainda assim, o 5G está crescendo mais rápido do que o planejado. O País tem 165 cidades com o sinal já ativado, enquanto o exigido pela Anatel para este período se limitava às capitais. Do total de quase 100 mil antenas das operadoras, cerca de 20% já são voltadas para uso exclusivo do 5G, porque as teles decidiram antecipar a instalação em meio à disputa acirrada. Para atender a essa demanda, a Huawei teve que aumentar a sua capacidade de produção da fábrica de Jundiaí (SP), onde a multinacional chinesa fabrica os equipamentos para redes móveis no Brasil. Os demais países da América Latina são atendidos pela Huawei com itens produzidos na China. Olhando para frente, o grande potencial de negócios do 5G está no ambiente corporativo. O foco é criar redes privativas (de uso exclusivo das empresas) e desenvolver soluções customizadas para as atividades de indústrias, agronegócio, logística, varejo, infraestrutura, entre outros segmentos.

No Brasil, empresas como Petrobras, Gerdau e Nestlé já tem operações nesse sentido. Paralelamente a isso, a Huawei está trabalhando no aperfeiçoamento do 5G, que levará ao lançamento do 5.5G daqui cerca de três a cinco anos. Entre outras novidades, a nova geração de internet vai permitir que o total de dispositivos conectados à mesma rede salte de 1 milhão para 10 milhões, o que permitirá uma evolução do mercado de aparelhos inteligentes e suas novas funcionalidades. Esses aparelhos conectados não são só celulares e tablets, mas também sensores e máquinas. Assim, a expectativa é que o 5.5G vai melhorar muito a comunicação entre máquinas e centrais de comando. O mundo vai passar da 'internet das coisas' para a 'inteligência das coisas'. A máquina de café conectada vai avisar seu dono que acabou o café, que precisa trocar o filtro, colocar mais água, por exemplo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.