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29/Sep/2023

Sementes: Corteva acusa a startup Inari de roubo

A empresa de sementes e agroquímicos Corteva, dos Estados Unidos, está acusando uma startup de tentativa de roubo de propriedade intelectual referente a sementes. Na quarta-feira (27/09), a companhia entrou com uma ação em um tribunal federal de Delaware contra a empresa de edição genética Inari Agriculture. Segundo a Corteva, a Inari obteve sementes da companhia de forma ilícita e depois as enviou ilegalmente para a Europa. A Corteva alega que a startup fez pequenas alterações na genética das plantas e agora está tentando patentear as sementes nos Estados Unidos. O roubo de tecnologia proprietária prejudica não apenas a companhia, mas também, em última análise, os agricultores. A Inari não comentou imediatamente as alegações da Corteva.

Fundada em 2016, a Inari, empresa de capital fechado com sede em Massachusetts, foi avaliada em cerca de US$ 1,5 bilhão no ano passado e afirmou que o seu foco é desenvolver novas variedades de milho, soja e trigo que sejam mais resistentes aos efeitos das alterações climáticas e menos estressantes para o meio ambiente. Muitos de seus principais executivos são antigos funcionários de empresas de sementes como Syngenta e Bayer. Em vez de desenvolver novas sementes como a Corteva, a Inari estabelece parcerias com empresas de sementes e utiliza tecnologia de edição genética para melhorar os produtos daquelas empresas. A Corteva afirma na ação que nunca estabeleceu parceria com a Inari e não tem acordo para que a startup modifique nenhuma de suas sementes.

De acordo com a Corteva, a Inari começou a se apropriar de sua tecnologia em 2020, por meio de um banco de sementes que as disponibiliza para pesquisa. A ação alega que a Inari usou uma empresa de distribuição de sementes para comprar desse banco centenas de sementes proprietárias da Corteva. Essas sementes foram então enviadas para a Inari, que as enviou dos Estados Unidos para a Bélgica. A Inari ainda não vendeu nenhuma versão geneticamente editada das sementes da Corteva, mas a ação alega que a startup pretende comercializá-las. A Corteva está buscando uma indenização e uma liminar permanente contra a Inari. A ação visa impedir que a Inari continue com seus esforços ‘descarados’ para roubar o trabalho inovador e protegido por patente da Corteva. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.