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29/Sep/2023

Petrobras pretende investir na transição energética

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a companhia chega aos seus 70 anos "de olho no futuro", e reafirmou a intenção da estatal de desenvolver novos negócios no âmbito da energia renovável, com foco em eólica offshore, hidrogênio e combustíveis renováveis. A Petrobras não está longe de ter uma realidade de eólica offshore e hidrogênio. Ele destacou a falta de regulação, que ainda trava os esforços da companhia. O próximo Plano Estratégico da companhia, para o período 2024-2028 vai ter entre 6% e 15% do capex direcionado à descarbonização. Ele destacou os novos negócios que a empresa pretende desenvolver, com destaque para a energia eólica offshore, que poderão atingir 23 gigawatts (GW), se todos os projetos inscritos pela empresa para avaliação no Ibama saírem do papel. O objetivo é deslanchar energias renováveis no País, a captura de carbono, hidrogênio e outras fontes.

Prates listou os esforços da companhia para abrir as novas frentes, como o acordo com a WEG para produzir um aerogerador nacional para terra, mas que, pelo tamanho, indica o caminho para a geração offshore. A Petrobras fez esforços na medição de ventos no Espírito Santo, Ceará e Rio Grande do Norte, além da inscrição de projetos com capacidade total de 23 GW e parcerias gestadas com outras petroleiras multinacionais, como Equinor e Total. A ideia é fazer todos esses investimentos com parceiros, estatais ou privados, mas a altura da Petrobras. A estatal irá para éolica offsshore, que tem estruturas gigantes e complexas. Na frente de combustíveis renováveis, ou seja, com processador com óleo vegetal ou 100% produzidos por meio deles, Prates disse que até o fim esse ano mais quatro refinarias terão essa produção, entre as quais estão as unidades de Paulínia (SP), Duque de Caxias (RJ) e Cubatão (SP). Em 2024, os combustíveis renováveis vão chegar à Rnest, unidade de Pernambuco.

Prates citou a premência dos marcos regulatórios de eólica offshore e hidrogênio, que ainda não existem, mas estaria avançando no Congresso e dentro de agências reguladoras. A legislação para a eólica offshore vai se aproximar da utilizada para petróleo, com pagamento de bônus por prismas marítimos, enquanto a do hidrogênio pode ter afinidades com o regramento atual do gás natural, também sob a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ele afirmou que, apesar do movimento rumo a renováveis, a estatal segue sendo uma empresa de Petróleo, o que vai perdurar pelas próximas décadas. “Queremos ser do grupo clássico da Opep que serão os últimos a extrair petróleo", afirmou. O avanço sobre o pré-sal permitiu a produção denúncia petróleo com menos carbono associado. O presidente da Petrobras reafirmou que, em função da polivalência que se anuncia e sua capacidade técnica, a Petrobras reúne todas as condições técnicas e de gestão para liderar uma transição energética justa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.