12/Sep/2023

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as importações brasileiras de diesel em agosto caíram 29% com relação ao mesmo período de 2022, para 1,31 mil metros cúbicos. Apesar da queda interanual, esse volume é 24% superior ao verificado oficialmente em julho. O Citi atribui essa queda nas importações de diesel com relação ao mesmo período do ano passado à pequena ou nenhuma diferença com relação aos preços Petrobras no período, o que desestimula a importação. O preço médio do diesel negociado no País segue 12% abaixo dos preços de importação, segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom).

Após 15 de agosto, quando a Petrobras reajustou o diesel em 25,8%, a janela de importação parece ter se reaberto. Na prática, as importações tendem a subir em setembro, ainda que os volumes tendam a permanecer abaixo dos registrados em 2022. O Citi mantém a visão positiva sobre a tese de investimento das maiores distribuidoras de combustíveis (Raízen, Ultrapar e Vibra), devido a uma oferta mais equilibrada de combustíveis no mercado interno a partir de setembro. Porém, os dados de agosto acendem luz amarela quanto ao aumento do volume russo que pode impactar a competitividade de mercado do setor.

Em agosto de 2023, segundo os dados oficiais, o diesel russo representou 74% das importações, cerca de 976 mil metros cúbicos, seguido do diesel vindo dos Estados Unidos (15%), Índia (9%) e Emirados Árabes Unidos (1%). O produto russo segue crescendo entre as cargas importadas para o Brasil, substituindo o produto norte-americano, cujos volumes caíram 83% na comparação com agosto de 2022 e 39% ante julho deste ano. Isso se deve ao fato de o diesel russo estar 19% mais barato que o norte-americano. Segundo o Citi, o produto russo tem sido importado pelas maiores distribuidoras independentes, enquanto as cargas advindas dos Estados Unidos foram trazidas pela Petrobras. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.