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31/Aug/2023

Hidrogênio verde: BNDES vê investimentos robustos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) "não exclui caminhos" para o financiamento de negócios de hidrogênio, fonte energética que deve receber remuneração diferenciada em linhas do Fundo Clima. O BNDES poderá financiar tanto projetos voltados à exportação quanto ao mercado doméstico. Haverá projetos para exportação, em que claramente pode-se estruturar financiamentos junto com instituições internacionais potencialmente em moeda estrangeira. Além do mercado nacional. O tamanho do investimento é muito grande, o que exige uma atuação conjunta de bancos de fomento, bancos privados e mercado de capitais, mix ao qual a atual gestão do BNDES tem se mostrado aberto.

As estruturações combinadas com mercado de capitais cresceram. Além do financiamento a reflorestamento, "inegociável" ao Banco, fontes de energia com tecnologias associadas ainda em desenvolvimento, casos de hidrogênio e biogás, também devem contar com remunerações diferenciadas dentro de linhas do Fundo Clima. Outras fontes renováveis, como eólica e solar, não devem contar com essa facilidade por já estarem bem estabelecidas no País. O Fundo Clima deve receber aportes bilionários nos próximos anos, planejados em até R$ 50 bilhões, relacionados a emissões de Green Bonds pelo governo, uma iniciativa conjunta dos Ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente com participação do BNDES. Há uma verdadeira "guerra de mercados" relacionada à transição energética.

O termo foi usado para definir a disputa entre países e regiões para atrair novos negócios de energia renovável ou que usem essa energia. Por essa razão, por mais que o Brasil possua vantagens competitivas, o País não deveria competir com o grau de subsídios de países como os Estados Unidos e integrantes da União Europeia, dispostos a aportar trilhões. O Brasil precisa de maturidade para aplicar recursos com precisão e estratégia. Isso passaria por definir estratégia aderente às características do País, como por exemplo dosar investidas em biocombustíveis e eletrificação de frota.

Outro ponto a ser discutido seria o grau de subsídio às novas tecnologias. Apesar do apetite do banco em fazer financiamentos, o momento ainda é de discussão da regulação, sobretudo voltada ao novo mercado de créditos de carbono e hidrogênio, com projetos de lei a serem apresentados ou já em discussão no Congresso Nacional. Fazer a discussão no Congresso sobre como deseja desenhar a regulação e onde serão alocados recursos escassos já é uma grande entrega. Se o Brasil fizer isso no tempo necessário, ficará muito bem-posicionado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.