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30/Aug/2023

Fertilizantes: atraso nas compras da 2ª safra de milho

Segundo a Mosaic, o atraso na aquisição de fertilizantes para a 2ª safra de milho de 2024 é uma das maiores preocupações da indústria do setor neste momento. O maior temor diz respeito à entrega do insumo no interior do Brasil, em regiões afastadas dos portos. Em Mato Grosso, a estimativa de atraso nas aquisições neste período do ano é de 25% em relação a igual período do ano passado. Devido a gargalos logísticos, a chegada dos fertilizantes pode acontecer fora da janela ideal. Não há dúvida de que o plantio do milho vai ocorrer, mas se o agricultor deixar para decidir comprar de última hora, não haverá como atender. Esta é a dúvida.

Pela complexidade de logística e pela gestão de risco das empresas de fertilizantes que importam essa matéria-prima, talvez o produtor não tenha produto na janela adequada. Ainda assim, a expectativa é de um ano muito bom de demanda, que pode alcançar os 42 milhões de toneladas em 2023/2024 e boas relações de troca do adubo por grãos, também devido a uma recuperação no preço da soja. Para o milho 2ª safra de 2024, as atenções não ficam apenas na relação de troca, semelhante à dos níveis pré-guerra entre Rússia e Ucrânia, mas também para os riscos da cultura. O agricultor precisa estar bastante seguro de que terá um retorno adequado para a 2ª safra, em função dos riscos climáticos.

O produtor vai ter resultados positivos, mas não vão ser tão bons quanto os do ano passado, porque o preço do grão caiu bastante. Nesse sentido, foi ressaltada a importância do Plano Nacional de Fertilizantes, esperado para novembro deste ano. Se houvesse uma base de produção no Brasil, tudo isso seria menos complexo, pois não haveria toda essa questão de importar com antecedência, de ficar muito tempo com o produto parado. Haveria a flexibilidade de comprar no mercado nacional e como entregar principalmente nitrogênio e potássio. Ainda assim, o Brasil não se tornará autossuficiente em fertilizantes, mas reduzirá sua dependência externa no longo prazo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.